A história se repete. De repente você está “zapeando” o Instagram e esbarra com a sequência de stories de um amigo, no melhor estilo saldão. Um casal de conhecidos dele está de mudança para outro país e precisa, urgentemente, de vender tudo. Sofá retrátil, notebook, TV… Tudo inteirinho e com o preço bastante convidativo. Você entra em contato para não perder a ótima oportunidade, adianta um valor, e os vendedores simplesmente somem. Foi assim com o enfermeiro Lucas Valentim, de 26 anos. Ele é uma das vítimas do que ficou conhecido popularmente como o “golpe do frete”.
“Eu não sabia que o Instagram da minha amiga tinha sido hackeado. Ela tinha postado que estava ajudando um casal que estava planejando viver no exterior. Tinha geladeira, televisão, máquina de lavar… Parei num stories de uma mesa muito bonita, do jeito que eu estava querendo, com seis cadeiras, num valor ‘hiper mega acessível’. Aí chamei e disse que estava querendo demais”, lembra o enfermeiro.
O golpista, fingindo ser a amiga de Lucas, o direcionou para um outro contato, supostamente dos vendedores. Na negociação, ele transferiu ¼ do valor da mercadoria como sinal e pagou o frete por Pix. Lucas esperou no horário combinado, mas a mesa nunca chegou. Ele perdeu R$ 300.
Outra forma desse golpe, que tem se tornado comum, é a cobrança de frete para produtos doados. Criminosos criam perfis fakes no Facebook, anunciam móveis usados em grupos na rede, mas avisam que não “arcam com o frete”. Você transfere o valor por Pix e nunca mais ouve falar deles.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) explica que, geralmente, os golpistas apelam para alguma urgência falsa e pedem depósitos via Pix para conta de terceiros ou, então, pagamento de alguma conta. A entidade orienta que é fundamental que sejam adotados alguns cuidados ao comprar algo anunciado em um mídia social.
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