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CBH Rio das Velhas lança programa de recuperação da bacia do Rio Maracujá

24/03/2023 às 16h04
Por: Redação Fonte: Mega Cidade com CBH Rio das Velhas
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22/03/2023 - 16:05
22/03/2023 - 16:05

Foi realizado na última terça-feira (21), em meio às celebrações em torno do Dia Mundial da Água, o lançamento oficial das ações do Programa de Conservação e Produção de Água na sub-bacia do Rio Maracujá. O evento contou com a participação de diversas lideranças e entidades públicas e foi sediado na Igreja Matriz de Nossa Senhora de Nazaré, em Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto.


Esse conjunto de ações faz parte do Programa de Conservação e Produção de Água do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas) e tem como missão maximizar o potencial de produção de água nas sub-bacias hidrográficas da região.

A presidenta do Comitê, Poliana Valgas, esteve no evento e explicou que “a bacia do Rio Maracujá é um dos afluentes do Rio das Velhas e possui uma importância enorme para a segurança hídrica da região metropolitana de Belo Horizonte”. Além disso, essa é a primeira etapa de um programa que procura entender os problemas ambientais da região hidrográfica e, assim, apresentar um diagnóstico. “Nós temos o recurso garantido. Está na casa de R$ 5 a R$ 8 milhões [verba destinada para todo o projeto], exatamente para executar ações de recuperação conforme esse diagnóstico. A previsão é que esse laudo seja entregue em outubro deste ano e, já no próximo ano, entraremos na etapa de execução dessas ações”, afirmou.

Especificamente para a bacia do Rio Maracujá, o projeto prevê realização de caracterização geral da bacia, com ênfase nos fatores que contribuem para as condições atuais de degradação; desenvolvimento de base cartográfica, incluindo mapas de uso e ocupação dos solos, pedológico, fundiário, de rede hidrográfica e de susceptibilidade à erosão; realização de levantamento de campo em propriedades rurais, identificando os principais passivos ambientais e possibilidades de intervenção para prevenção, controle, mitigação e recuperação das áreas degradadas; elaboração de projeto básico e executivo para execução de ações de conservação do solo, mitigação e controle de erosão em propriedades; e elaboração de projeto básico e executivo para a estabilização e recuperação dos focos erosivos selecionados.

O recurso financeiro disponibilizado para a recuperação e maximização da produção da água do Rio das Velhas e afluentes, como o Rio Maracujá, vem da cobrança pelo uso da água, taxa que é recolhida pelo Estado e remetida aos comitês para executar ações de recuperação ao longo da extensão da bacia hidrográfica. O Comitê espera recuperar a extensão do Rio Maracujá e, principalmente, reduzir os processos erosivos e carreamento de solo para dentro das calhas das bacias dos afluentes do Rio das Velhas. A previsão é que todas as etapas deste projeto sejam executadas em até cinco anos.

Além do Rio Maracujá, no Alto Rio das Velhas, figuram como sub-bacias selecionadas no Programa de Conservação e Produção de Água o Rio Ribeiro Bonito, no Médio-Alto, o Ribeirão Soberbo, no Médio-Baixo Rio das Velhas, e o Córrego das Pedras, no Baixo.

Rio Maracujá: necessidade de união entre atores

Entre os presentes na cerimônia oficial de lançamento para as ações de recuperação, estava o Conselheiro do Subcomitê Nascentes, Ronald Guerra. Questionado sobre os impactos no Rio Maracujá, Ronald explicou que “apesar de ser um rio de pequena extensão, ele passa por distritos importantes de Ouro Preto. (…) E nessas regiões, recebe todos os impactos ligados a questões urbanas, como poluição, resíduos sólidos e esgoto.” E complementa, “nós sofremos com problemas graves de usos de ocupação (na área urbana) e existem problemas de manejo de uso do solo nas áreas rurais causados por processos minerais, principalmente em sua cabeceira, com passivos de exploração de topázio imperial”.

O conselheiro ressalta a importância de articular diversos setores para a recuperação da cabeceira e calhas do Rio Maracujá, pois o curso d’água perdeu a sua capacidade de reservação por conta do assoreamento. “É um projeto indutor. E aí a maior importância é isso, trabalhar através de mobilização e articulação com os diversos setores da sociedade para que a gente possa ter projetos mais robustos envolvendo atores que são estratégicos, como a própria Cemig [Companhia Energética de Minas Gerais] e Copasa [Companhia de Saneamento de Minas Gerais]”, afirma Ronald Guerra, conselheiro do subcomitê de nascentes.


Saiba mais sobre os problemas e desafios na Bacia do Rio Maracujá:

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