Com problemas de saúde e enfrentando dificuldades financeiras, um dos homens que ficaram presos injustamente em Minas após serem confundidos com um estuprador em série aguarda por uma indenização do Estado há mais de 10 anos.
Paulo Antônio da Silva, de 77 anos, ficou preso por 15 anos, após ser condenado a 30 anos, ao ser reconhecido por uma vítima de Pedro Meyer, o "Maníco do Anchieta", que teria sido autor de 16 abusos sexuais na região Centro-Sul de Belo Horizonte nos anos 90.
Paulo foi solto quando o verdadeiro maníaco foi preso em 2013. A história de Paulo é parecida com a de Eugênio Fiuza, que também ficou preso por 18 anos. Este, em 2021, recebeu desculpas do governo do estado, sendo indenizado em R$2 milhões. Ele morreu 4 meses depois.
Já Paulo, apesar de ter direito reconhecido pelo Estado, continua esperando, enquanto passa necessidade, sofre de problemas de saúde e vive de aposentadoria de um salário mínimo, consumida por um empréstimo consignado. “Fiquei louco de estar preso. Foi igual quando você coloca um passarinho na gaiola e ele fica batendo, batendo, batendo… Ele é da liberdade”, contou.
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