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Mês da Mulher: oportunidades na infância e adolescência possibilitam um futuro melhor

06/03/2024 às 11h48
Por: Redação Fonte: Mega Cidade com DePropósito Comunicação de Causas
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Raquel Oliveira da Silva - Marcelo Martins
Raquel Oliveira da Silva - Marcelo Martins

No próximo dia 8 de março é o Dia Internacional da Mulher. A data surgiu quando cerca de 15 mil mulheres saíram às ruas da cidade de Nova York, nos Estados Unidos, em 1908, em busca de melhores condições de trabalho, redução de jornada e melhores salários. A partir de então, ao redor do mundo, a data passou a fazer parte dos calendários.

Apesar dos projetos e ações que beneficiam e ajudam mulheres no Brasil e no mundo, a vida continua sendo mais difícil para elas. As desigualdades entre homens e mulheres podem ser vistas em diversas áreas e aspectos, como por exemplo, na renda, nas oportunidades de trabalho, nas horas trabalhadas - muitas vezes com jornadas duplas, até mesmo em afazeres domésticos, entre outros.

O ChildFund Brasil luta há 57 anos para transformar o futuro de muitas meninas, atuando na promoção e defesa dos direitos da criança, do adolescente e dos jovens. Segundo dados de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 20 milhões de crianças e adolescentes com até 14 anos vivem abaixo da linha da pobreza.

Uma das maneiras de colaborar para essa causa é apadrinhando uma criança no ChildFund Brasil. Com a doação de R$ 71 por mês à organização, você estabelece vínculo com a criança, podendo se comunicar por cartas e até mesmo visitá-la, com a supervisão da equipe da organização. O valor doado não é entregue diretamente à família, mas direcionado para a realização de programas e projetos, que oferecem recursos básicos para um crescimento com saúde, educação, segurança e qualificação. Um dos programas é o Eu Me Amo, Eu Me Cuido, realizado com crianças a partir de seis anos até jovens com 14 anos. Por meio dessa iniciativa, eles participam de atividades que desenvolvem habilidades que promovem, entre outros aspectos, a saúde integral, o autocuidado e a autoproteção. “Se eu me amo, eu me cuido. O cuidado é a maior expressão de amor. Com esse aprendizado, além de se conhecer melhor, a criança é instruída a denunciar para seus familiares e cuidadores atitudes que possam prejudicá-las, como abuso sexual e violações de seu corpo, o que contribui para a prevenção de crimes e apoio para um desenvolvimento seguro e saudável”, explica Giane Boselli, gerente de programas do ChildFund Brasil.

Dados mais recentes do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), apontam crescimento de casos de violência sexual contra crianças; o número de estupros subiu 15,3%  as maiores vítimas são mulheres (88,7%) e crianças com até 14 anos (61,4%). "Nossas iniciativas também incentivam a parentalidade lúdica, que é o estreitamento dos vínculos familiares com a criança, com educação positiva, baseada no afeto. Ao fortalecer essas relações, toda a comunidade se sente responsável pela proteção das crianças, fazendo com que elas cresçam em um ambiente mais seguro para o seu desenvolvimento”, complementa Mauricio Cunha, diretor de país do ChildFund Brasil. Atualmente, mais de 50% das crianças inscritas no apadrinhamento da organização são meninas (16.400); já os meninos são 16.171. 

Apadrinhamento gera oportunidades de vida para mulheres ainda na infância 

Vendo de fora, o valor pode ser mínimo, mas para quem é realmente impactado com o apadrinhamento, esse simples gesto faz toda a diferença, além de ser um ato de empatia e amor ao próximo. É saber que essa ação tem o poder de transformar o futuro de uma criança ou adolescente. É o caso da Raquel Oliveira da Silva, que foi apadrinhada dos dez anos aos 15 anos. Na época, sua família vivia em situação de vulnerabilidade social e, com o apadrinhamento, ela participava de atividades no Centro Social de Apoio à Criança e ao Adolescente Paulo VI, organização parceira do ChildFund Brasil, em Belo Horizonte (MG), como oficinas de teatro, capoeira, dança afro, pintura e projetos para ampliar a proteção e o desenvolvimento infantil.

A madrinha de Raquel era da Nova Zelândia e, apesar de ser de tão longe, a atitude de uma completa desconhecida permitiu que o futuro da jovem fosse alegre e cheio de conquistas. “Lembro da euforia de receber uma carta falando que fui apadrinhada. Nem sabia direito o que era ter uma madrinha, mas ao receber uma carta, eu ficava muito alegre e, a partir daquele momento, começava o primeiro contato com a pessoa. Toda vez que chegava a carta era uma surpresa, porque podia vir um presente, uma foto, adesivo ou até mesmo a comunicação de uma ajuda financeira ”, relembra Raquel.  

O projeto era uma válvula de escape para a jovem, que vivia um clima conturbado em casa, seja pelas brigas familiares, pelas alterações de vozes ou até mesmo por precisar ir ao Centro de Apoio para almoçar. Ela conta que este clima e sentimento eram comuns entre as crianças que participavam do projeto. O momento de receber uma carta do padrinho ou madrinha e ter que escrever outra para enviar novamente, era repleto de alegria, pois era uma “desculpa” para sair de casa e ir ao projeto.

“Eu me lembro da emoção que era. Ela sempre perguntava como eu estava, o que eu estava fazendo e me dava palavras de motivação. A carta sempre chegava nos dias certos e mais tristes, quando eu realmente precisava daquilo. Não tem nem como descrever. É bom saber que tem alguém que, mesmo de longe, esteja ali com você e te apoiando. Fui uma criança que vivia num lar muito conturbado, então escrever a carta era um momento de paz e que trazia alento e eu saía da bagunça da minha casa. Era, realmente, resgatada pela carta”, destaca Raquel, que hoje está com 32 anos e é professora do ensino infantil no Centro Social de Apoio à Criança e ao Adolescente Paulo VI.

Mesmo com a distância, o apadrinhamento cria laços

O desenrolar da história de Raquel demorou alguns anos para acontecer, mas outros já possuem recentes desfechos. Sabrina da Silva, de 23 anos, também é de Belo Horizonte e passou pela mesma organização que Raquel, o Centro Social de Apoio à Criança e ao Adolescente Paulo VI, financiado pelo ChildFund Brasil. Ela foi apadrinhada aos 11 anos e manteve o vínculo até os 18, que completou em 2019. “Eu me lembro de que existia muito carinho entre mim e minha madrinha. Era uma troca grande, onde eu atuava durante todo o ano sobre minha família e minhas realizações. Ela sempre me dava bons conselhos e dizia para eu seguir nos estudos, então eu absorvi bastante isso, porque é importante. Hoje em dia faço faculdade de contabilidade e trabalho na organização que participava”, conta Sabrina. 

Durante os anos que fez parte do Centro de Apoio como aluna, a jovem participava de algumas oficinas, entre elas a de Taekwondo. Durante todo o processo de transição da infância para a adolescência, Sabrina teve a presença da madrinha, mesmo que de longe. “Se você tiver a oportunidade de apadrinhar uma criança, apadrinhe! Porque faz toda a diferença na vida dela. Por mais que vocês não se conheçam pessoalmente, as cartas fazem toda a diferença”.

Todas as milhares de meninas apadrinhadas participam de diversas atividades nas organizações parceiras, que buscam ampliar suas habilidades, promover uma infância mais saudável e protegida, bem como de forma mais próxima aos familiares, por meio do fortalecimento de vínculos. Esse processo de anos transforma a vida dessas meninas, ajudando-as a se tornarem mulheres mais fortes, resilientes, autônomas e grandes profissionais.

Como apadrinhar uma criança?

Em 2022, mais de 155 mil pessoas foram beneficiadas pelo ChildFund Brasil – sendo cerca de 85 mil crianças, adolescentes e jovens, por meio de programas que abordam educação, saúde, cultura, geração de renda, segurança alimentar, entre outros. Atualmente, a organização está presente em sete estados brasileiros (Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Piauí e São Paulo). Para realizar esse trabalho que impacta positivamente, a organização conta com a doação de pessoas físicas, por meio do programa de apadrinhamento de crianças, e também com doações de empresas, institutos e fundações que apoiam os projetos desenvolvidos.

"Com menos de R$ 2,40 por dia você consegue contribuir com um fundo coletivo, que beneficia diretamente as organizações as quais as crianças e adolescentes podem ter acesso às aulas e oficinas. Além do apadrinhamento, também dá para contribuir com qualquer valor e quando quiser. Todos os valores fazem a diferença”, afirma Mauricio Cunha, diretor de país do ChildFund Brasil. Quer se inspirar nessas histórias transformadoras e fazer o bem na vida de crianças com realidade semelhantes às da Raquel e da Sabrina? É fácil. Para fazer parte do programa de apadrinhamento, acesse www.childfundbrasil.org.br .

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