A crise financeira que afeta os principais serviços prestados pela APAE (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais, especialmente aqueles relacionados à Medicina e tratamento dos alunos, deverá ter uma redução em seus impactos a partir da lei que permite à Prefeitura de Sete Lagoas conceder subvenção social à entidade. A norma entrou em vigor ontem.
De acordo com a Lei nº 8.635, de 10 de maio de 2017, a APAE receberá R$ 170.228,00. Os recursos são provenientes do Fundo Municipal de Assistência Social, provenientes de repasses de verbas federais.
Entenda a crise – A APAE é uma organização social,c ujo objetivo principal é promover a atenção integral à pessoa com deficiência intelectual e múltipla. Sem fins lucrativos, a Associação necessita de verbas públicas para funcionar. Os repasses dos governos começaram a ter atrasados, principalmente do Governo Federal.
A situação chegou a um ponto que atendimentos de educação e de assistência médica tiveram que ser suspensos por falta de recursos financeiros. Em Sete Lagoas, a direção da APAE realizou grande mobilização social, fazendo campanhas junto à sociedade e ao Poder Público.
Além de ser fundamental na recuperação de seus alunos, a APAE presta assistência social às famílias dos seus alunos. Tudo isso, em conjunto, custa muito caro. Um dos graves entraves é justamente na área da Saúde. A direção da APAE lembra que o atendimento médico via SUS feito a crianças e a adolescentes não tem tido os valores revistos pelo Governo Federal. A defasagem fica, exatamente, nas contas da APAE. Neste momento, a crise se agrava.
Em Sete Lagoas, a APAE atende a 600 alunos com 160 funcionários. Sem a instituição, a realidade seria um colapso social.
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