É uma discussão que virou febre na internet e que chegou até a Câmara de Sete Lagoas: um vereador propôs, em um projeto de lei, o acolhimento a pessoas que têm vínculo afetivos a bonecos do tipo “bebê reborn” na cidade. O documento está em tramitação.
De autoria do vereador Aguinaldo da Lobato (Avante), o projeto de lei 432 prevê ações de característica psicossociais para acolhida destas pessoas, como escuta qualificada e encaminhamento “clínico-terapêutico adequado para indivíduos que apresentem sofrimento mental relacionado ao uso de bonecas do tipo ‘bebê reborn'”.
O texto fala também no apoio e orientações a familiares e pessoas que convivem com os indivíduos e proíbe o atendimento direto aos ‘bebês reborn’ ou a qualquer objeto inanimado, como triagem, registro ou internação, e uma série de situações, até o “registro de boletins de ocorrência sobre danos causados exclusivamente sobre os bonecos”.
O edil relata, na sua justificativa, que o projeto de lei “visa equilibrar a atenção à saúde mental com o uso racional dos serviços públicos municipais”, buscando o atendimento psicossocial humanizado e livre de estigmas àqueles que têm vínculos afetivos extremos aos ‘bebês reborn’.
Ademais, Aguinaldo da Lobato aponta que os “serviços públicos de Sete Lagoas estejam voltados exclusivamente ao atendimento de seres humanos, evitando distorções de uso, registros indevidos e desperdício de recursos” e que não busca “criminalizar ou ridicularizar o uso dos ‘bebês reborn’, mas sim proteger os indivíduos que se relacionam com esses objetos e garantir o bom funcionamento dos serviços públicos municipais”.
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