A Justiça Eleitoral de Minas Gerais suspendeu a divulgação de uma pesquisa eleitoral contratada pela candidata Josiana Soares Carvalho, que concorre à eleição no próximo domingo (03) em São José da Varginha. A decisão liminar, concedida pelo TRE-MG, atendeu a uma representação do Partido da Mobilização Nacional (PMN), que apontou fortes indícios de fraude e manipulação do levantamento com o objetivo de beneficiar a candidata.
Na representação, a denúncia alega que a empresa responsável pela pesquisa, Quasar Produções Ltda, seria de fachada, já que o endereço registrado na Receita Federal coincide com o de uma agência bancária em Ponte Nova (MG), o que leva a suspeita de ser uma empresa fantasma. A denúncia também ressaltou que a empresa é registrada como produtora de eventos, não tem como atividade principal a realização de pesquisas eleitorais e sequer possui registro no Conselho Regional de Estatística (CORE), requisito obrigatório para esse tipo de serviço. Para a justiça, a ausência de registro junto ao conselho responsável e a falta de especialização evidenciam a suspeita de fraude por parte da candidata Josiana Carvalho.
O denunciante apontou ainda que a pesquisa utilizou dados desatualizados do Censo 2010, mesmo havendo informações atualizadas do Censo 2022, o que comprometeria a validade do plano amostral. A ação também questiona a ausência de definição clara da amostra, sem indicação dos bairros ou setores censitários onde os questionários seriam aplicados. Outro ponto levantado é que a pesquisa espontânea estaria sendo conduzida de forma irregular, com apresentação prévia de nomes de candidatos aos entrevistados, o que fere a legislação eleitoral e descaracteriza a espontaneidade prevista em lei.
Diante dos argumentos apresentados, a Justiça Eleitoral determinou a suspensão imediata da divulgação da pesquisa, sob pena de multa, e alertou que, caso as irregularidades não sejam corrigidas, o registro será cancelado definitivamente. A decisão, tomada a poucos dias da eleição, reforça as suspeitas de fraude eleitoral e aumenta a polêmica em torno da candidatura de Josiana Soares Carvalho, colocando em dúvida a lisura de suas estratégias de campanha. O caso está sob análise e investigação da 202ª Zona Eleitoral de Minas Gerais, sediada em Formiga, com apoio do Ministério Público Eleitoral que concedeu parecer favorável a suspensão da divulgação da pesquisa.
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