“O cenário é preocupante e a situação da mortandade de peixes no Rio Paraopeba, em Minas Gerais, muito grave”, reforça o advogado e integrante do Coletivo de Direitos Humanos do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Artur Colito.
Ele afirma que o MAB protocolou na Secretaria de Meio Ambiente do Estado (SEMAD), nesta quarta-feira, 10/9/25, um pedido de informação pública, solicitando acesso a todos os estudos e resultados de perícias quanto à morte massiva de peixes. “Também pedimos uma cópia na íntegra de todos Programas e ações desenvolvidas pelo Governo de Minas Gerais nessa temática, pois, casos como esses têm sido recorrentes desde o rompimento da Barragem da Vale em Brumadinho”, reforça.
Vale lembrar que a Mina Córrego do Feijão, de propriedade da Vale S.A., do Complexo Paraopeba II, localizada em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, rompeu em 25 de janeiro de 2019, há seis anos, matando 272 pessoas e deixando um passivo socioambiental imenso.
Desde então, o MAB luta pela reparação integral dos direitos dos atingidos, incluindo o direito à água, à terra, e a condições dignas de vida e trabalho, além de denunciar a atuação da mineradora no Estado. De maneira constante e recorrente, o MAB tem organizado os atingidos e atingidas da Bacia do Paraopeba para ocuparem as ruas e exigirem reparação integral, bem como denunciam a lentidão no processo de justiça
Entre as principais pautas dos atos que o Movimento tem feito, está a reversão do corte de quase R$ 40 milhões nos recursos destinados às Assessorias Técnicas Independentes (ATIs). Esses recursos são considerados fundamentais para garantir que as comunidades tenham assessoria para participação qualificada nos projetos de reparação.
Artur Colito (Integrante do Coletivo de Direitos Humanos do MAB Minas: https://youtu.be/ou_cECYfLko
Veja, neste vídeo, a situação flagrada no Rio Paraopeba, onde pode-se perceber milhares de peixes mortos. https://youtu.be/RPpB-PjIOS8
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