A sequência de casos de intoxicação por metanol após consumo de bebidas alcoólicas em São Paulo acendeu o alerta sobre a atuação do mercado clandestino no Brasil. Um estudo da Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) calcula que 36% das bebidas comercializadas no país são forjadas, adulteradas ou contrabandeadas.
Em nota publicada nesta terça-feira (30/9), a entidade destacou a necessidade de ações urgentes para combater a falsificação no setor. A Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para apurar as causas da contaminação por metanol e se há ligação do problema com o crime organizado.
Segundo a Fhoresp, o problema que antes ficava restrito à sonegação fiscal, agora se tornou uma ameaça grave à saúde da população. A pesquisa da federação revelou que vinhos e destilados estão entre os mais afetados pela prática criminosa.
Segundo o estudo, uma em cada cinco garrafas de vodca vendidas no Brasil é falsificada. “O risco é real e imediato. O metanol, substância encontrada em bebidas adulteradas, é altamente tóxico, podendo causar danos irreversíveis ao cérebro, fígado e nervo óptico, além de levar à morte”, alertou a Fhoresp.
A entidade afirmou que acompanha com atenção os casos de intoxicação e reforça que empresários e consumidores são as principais vítimas do mercado clandestino. A federação também garantiu que a maioria dos negócios do ramo de bares e de restaurantes age de forma correta e se torna vítima ao receber produtos adulterados de fornecedores.
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