
Em mais um capítulo da delação dos empresários do grupo JBS, sete parlamentares mineiros tiveram os nomes listados em documentos inéditos entregues, na última quinta-feira, pelos advogados da empresa à Procuradoria Geral da República (PGR). Novos levantamentos, relatórios e gravações de conversas com políticos foram anexados ao acordo. As provas colocam na mira seis políticos do PMDB de Minas, como o vice-governador, Antônio Andrade, e inclui arquivos que reforçam acusações feitas contra senador Aécio Neves (PSDB). As informações são da Rede Globo.
Nos documentos sigilosos, segundo a reportagem, os delatores destrincham parte dos R$ 30 milhões que foram repassados a parlamentares que apoiaram a candidatura do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara. Os delatores confidenciaram que, antes de ser reeleito deputado federal em 2014, Cunha já teria acionado Joesley em busca de apoio para a presidência da Casa.
Além desse montante, o executivo da J&F Ricardo Saud ficou responsável por entrar em contato com parlamentares que já teriam recebido recursos da empresa, em especial as bancadas de Minas e do Rio. Saud afirmou que fez contato com mais de 200 deputados entre novembro de 2014 e janeiro de 2015 – Cunha foi eleito no mês seguinte.
Os delatores da JBS também disseram que o ex-presidente da Câmara “com certeza” destinou dinheiro a pelo menos seis políticos. Por meio de doação eleitoral, o deputado federal Geraldo Pereira (PSDB-MS) teria embolsado R$ 150 mil. Já o deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT) e o ex-deputado e atual prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão (PMDB-RJ), teriam recebido R$ 500 mil cada.
De acordo com os delatores, o ex-deputado e atual vice-prefeito de João Pessoa (PB), Manoel Junior (PMDB), teria ganho R$ 100 mil, enquanto o deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI) teria embolsado R$ 1 milhão. Os dois teriam recebido o montante em espécie. Já a deputado Soraya Santos (PMDB-RJ) teria angariado R$ 1,035 milhão por meio de notas fiscais frias.
Já seis políticos mineiros do PMDB foram citados em gravações dos delatores como destinatários de pagamentos. Quatro deles são deputados federais: Leonardo Quintão, Mauro Lopes, Newton Cardoso Júnior e Saraiva Felipe. Também constam na lista o vice-governador e presidente do PMDB estadual, Antônio Andrade, e o deputado estadual João Magalhães.
Segundo a TV Globo, os advogados também entregaram provas à PGR que reforçam as acusações que fizeram sobre os pagamentos a Aécio Neves, assim como arquivos sobre os repasses para contas no exterior que ficaram, segundo o empresário Joesley Batista, à disposição dos ex-presidentes petistas Lula e Dilma Rousseff.
Os novos documentos ainda implicam o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira. Há uma gravação em que ele fala abertamente sobre um esquema de corrupção. Na delação, Batista já havia dito que destinou R$ 6 milhões em propina para Pereira.

SUSPEIÇÃO
Flechas. O presidente Michel Temer não desiste de colocar o procurador geral da República sob suspeição. Por meio de seus advogados, o peemedebista pretende levar ao plenário do STF pedido de impedimento de Rodrigo Janot no caso JBS – e em outras demandas que o envolvam. “A existência dessas prerrogativas não autoriza que o procurador geral saia ‘atirando flechas’ na direção do presidente da República ou se utilize de ‘carta branca’ para a sua atuação, diante dos expressos limites previstos na Constituição Federal”, assinalam os defensores de Temer, em alusão a uma recente declaração de Janot, de que “enquanto houver bambu lá vai flecha”.
Plenário. A defesa pede ao ministro Edson Fachin que reconsidere sua própria decisão de não reconhecer a suspeição de Janot. Se Fachin mantiver seu entendimento, então os advogados de Temer pedem que ele leve o caso para apreciação de todos os onze ministros da Corte.
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