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Mineiros na mira das delações do grupo JBS

Seis políticos mineiros do PMDB foram citados em gravações dos delatores como destinatários de pagamentos. Quatro deles são deputados federais: Leonardo Quintão, Mauro Lopes, Newton Cardoso Júnior e Saraiva Felipe

04/09/2017 às 05h08 Atualizada em 04/09/2017 às 05h12
Por: Redação Fonte: Da redação com o tempo
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Novos anexos. Vice-governador de Minas, Antônio Andrade e o Deputado Leonardo Quintão estão na lista dos mineiros do PMDB citados
Novos anexos. Vice-governador de Minas, Antônio Andrade e o Deputado Leonardo Quintão estão na lista dos mineiros do PMDB citados

Em mais um capítulo da delação dos empresários do grupo JBS, sete parlamentares mineiros tiveram os nomes listados em documentos inéditos entregues, na última quinta-feira, pelos advogados da empresa à Procuradoria Geral da República (PGR). Novos levantamentos, relatórios e gravações de conversas com políticos foram anexados ao acordo. As provas colocam na mira seis políticos do PMDB de Minas, como o vice-governador, Antônio Andrade, e inclui arquivos que reforçam acusações feitas contra senador Aécio Neves (PSDB). As informações são da Rede Globo.

Nos documentos sigilosos, segundo a reportagem, os delatores destrincham parte dos R$ 30 milhões que foram repassados a parlamentares que apoiaram a candidatura do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara. Os delatores confidenciaram que, antes de ser reeleito deputado federal em 2014, Cunha já teria acionado Joesley em busca de apoio para a presidência da Casa.

Além desse montante, o executivo da J&F Ricardo Saud ficou responsável por entrar em contato com parlamentares que já teriam recebido recursos da empresa, em especial as bancadas de Minas e do Rio. Saud afirmou que fez contato com mais de 200 deputados entre novembro de 2014 e janeiro de 2015 – Cunha foi eleito no mês seguinte.

Os delatores da JBS também disseram que o ex-presidente da Câmara “com certeza” destinou dinheiro a pelo menos seis políticos. Por meio de doação eleitoral, o deputado federal Geraldo Pereira (PSDB-MS) teria embolsado R$ 150 mil. Já o deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT) e o ex-deputado e atual prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão (PMDB-RJ), teriam recebido R$ 500 mil cada.

De acordo com os delatores, o ex-deputado e atual vice-prefeito de João Pessoa (PB), Manoel Junior (PMDB), teria ganho R$ 100 mil, enquanto o deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI) teria embolsado R$ 1 milhão. Os dois teriam recebido o montante em espécie. Já a deputado Soraya Santos (PMDB-RJ) teria angariado R$ 1,035 milhão por meio de notas fiscais frias.

Já seis políticos mineiros do PMDB foram citados em gravações dos delatores como destinatários de pagamentos. Quatro deles são deputados federais: Leonardo Quintão, Mauro Lopes, Newton Cardoso Júnior e Saraiva Felipe. Também constam na lista o vice-governador e presidente do PMDB estadual, Antônio Andrade, e o deputado estadual João Magalhães.

Segundo a TV Globo, os advogados também entregaram provas à PGR que reforçam as acusações que fizeram sobre os pagamentos a Aécio Neves, assim como arquivos sobre os repasses para contas no exterior que ficaram, segundo o empresário Joesley Batista, à disposição dos ex-presidentes petistas Lula e Dilma Rousseff.

Os novos documentos ainda implicam o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira. Há uma gravação em que ele fala abertamente sobre um esquema de corrupção. Na delação, Batista já havia dito que destinou R$ 6 milhões em propina para Pereira.

SUSPEIÇÃO

Flechas. O presidente Michel Temer não desiste de colocar o procurador geral da República sob suspeição. Por meio de seus advogados, o peemedebista pretende levar ao plenário do STF pedido de impedimento de Rodrigo Janot no caso JBS – e em outras demandas que o envolvam. “A existência dessas prerrogativas não autoriza que o procurador geral saia ‘atirando flechas’ na direção do presidente da República ou se utilize de ‘carta branca’ para a sua atuação, diante dos expressos limites previstos na Constituição Federal”, assinalam os defensores de Temer, em alusão a uma recente declaração de Janot, de que “enquanto houver bambu lá vai flecha”.

Plenário. A defesa pede ao ministro Edson Fachin que reconsidere sua própria decisão de não reconhecer a suspeição de Janot. Se Fachin mantiver seu entendimento, então os advogados de Temer pedem que ele leve o caso para apreciação de todos os onze ministros da Corte.

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