Anunciado nesta quinta-feira (28), relator da denúncia contra o presidente Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal, o deputado Bonifácio Andrada (PSDB-MG) disse à noite, em Barbacena (MG), que pretende entregar um relatório técnico. Temer é acusado de integrar uma organização criminosa e de obstrução à Justiça. Também são alvo da denúncia por organização criminosa os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral).
Na primeira denúncia contra Temer, Andrada votou pelo arquivamento. “É totalmente diferente do segundo. As teses da acusação agora são bem diversas das da primeira hipótese. No primeiro processo, o presidente sozinho foi objeto dos debates. Agora, não. Nesse segundo processo, não só o presidente como dois ministros de Estado estarão envolvidos no assunto”, disse.
Andrada afirmou que vai agir norteado por princípios constitucionais. “A certeza de que em primeiro lugar vamos agir de acordo com os princípios constitucionais, de uma maneira legal. E também pode estar certo que sempre levaremos em conta os altos interesses do país, da nacionalidade, do nosso progresso, da nossa tranquilidade e sobretudo das melhores práticas democráticas”, ressaltou.
Escolha gerou mal-estar no PSDB
O presidente do PSDB, Tasso Jereissati, e o líder do partido na Câmara, Ricardo Tripoli (SP), passaram a pressionar o deputado Bonifácio Andrada (MG) a abrir mão de ser o relator da denúncia contra o presidente Michel Temer, informa o repórter Nilson Klava, da GloboNews.
Bonifácio Andrada é deputado desde 1979 e votou contra o andamento da primeira denúncia apresentada contra Temer. Se ele não aceitar a proposta de Tasso e Tripoli, tucanos defendem que ele seja até retirado da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Nessa hipótese, caberia ao presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), escolher um novo relator ou convencer algum partido a ceder a cadeira a Bonifácio Andrada.
Fonte: G1
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