O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou Cordisburgo durante a Caravana por Minas neste domingo (29), à tarde, quando eram cerca de 17h. Assim que chegou acompanhado da ex-presidente Dilma Roussef, do governador Fernando Pimentel, da presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffman (PT/PR), de ex-ministros e parlamantares, Lula conheceu o Museu Casa Guimarães Rosa, escritor a quem Lula homenageou em seu discurso.
No Museu, Lula assistiu apresentações de grupo de jovens contadores de histórias. Ficou na antiga casa da família de Guimarães Rosa – que antes de se tornar museu, em homenagem ao autor de “Grande Sertão: Veredas”, foi casa e comércio de secos e molhados do pai de Rosa – por cerca de meia hora, até encontrar com pessoas de diferentes região do Estado que se deslocaram para Cordisburgo.
Lula denunciou o golpe que tirou Dilma da Presidência como um ato que, em sua análise, é um golpe contra os brasileiros. Criticou severamente a Reforma da Previdência, a Reforma Trabalhista, o arquivamento – pela segunda vez – das denúncias da Procuradoria Geral da República pela Câmara dos Deputados, da venda do pré-sal – que seria fonte de financiamento para a saúde e a educação – mas afirmou que voltará a Cordisburgo como presidente da República. Ao declarar isso, garantiu que vai realizar plebiscito em o povo poderá decidir pela revogação de todas as medidas de um governo ilegítimo que governa contra os trabalhadores do país.
“Mudamos este país. Tiramos o Brasil do mapa da fome. Pobres entraram nas universidades. Fizemos o maior programa de transferência de renda do mundo, o Bolsa Família. Quando veio a crise econômica mundial e eu disse que no Brasil seria uma marolinha. Quem salvou o país foram o que eles hoje querem vender, o BNDES, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o crédito, o consumo interno, mais de 30 milhões de pessoas que saíram da pobreza. A senzala quer ter um lugar na Casa Grande. Um não, vários lugares. É isto que eles não querem abrir mão. Mas eu não vou pedir votos para banqueiros. Vou pedir para bancários. Este país foi respeitado internacionalmente, o povo tinha esperança. Vamos reconstruir este país”, garantiu Lula, se desculpando a milhares de pessoas pela hora que chegou e se comprometendo a voltar. “O Brasil não tem um Lula. Somos milhões de Lulas”, disparou, em referência à disputa presidencial de 2018.
por Caio Pacheco, de Cordisburgo
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