O Sindicato Único dos Trabalhadores em Minas Gerais se manifestou sobre o impasse relativo ao pagamento do 13º salário para o funcionalismo público estadual, sobretudo depois da reunião entre o governador Fernando Pimentel e o comando da Polícia Militar de Minas Gerais. Na reunião, ficou celebrado o acordo de parcelamento em duas vezes do 13º salário para os militares, excluindo os servidores civis. Mesmo assim, houve manifestações no Centro de Belo Horizonte contra o acordo. Ao fim desta sexta-feira (15), o SindUte divulgou a seguinte nota:
“Sobre 13º Salário
Na tarde desta sexta-feira (15/12/17) foi noticiada pelo Governo do Estado uma escala de pagamento do 13º salário para policiais militares. O anúncio aconteceu após reunião do Governador com o Comando da PM e o Secretário de Governo. A escala de pagamento não é para todo o funcionalismo, apenas para a Segurança Pública.
O anúncio é um desrespeito ao conjunto do funcionalismo que tem a mesma fonte de pagamento, mas, foi surpreendido com um tratamento diferenciado e excludente. O comportamento do Governador, Fernando Pimentel, de ignorar 90% do funcionalismo público estadual e suas entidades representativas é inaceitável e demostra que não tem relação de respeito com os/as servidores/as que viram, nos últimos dois meses, diversas entrevistas de Secretários de Estado afirmando a impossibilidade de pagamento do 13º salário em 2017. Nenhuma reunião com os sindicatos do funcionalismo foi marcada, nenhum diálogo estabelecido.
Este comportamento evidencia, explicita a incapacidade do governo em estabelecer um mecanismo de negociação das questões gerais do funcionalismo e o seu medo da reação do setor militar do Estado.
O anúncio não foi um reconhecimento de direito, mas, permeado por medo e uma desastrosa prática de não ouvir para governar. Se tem recursos para o pagamento, o mesmo deve ser feito para todo o funcionalismo e não estabelecer privilégio.”
Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG)
Mín. 15° Máx. 25°