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Polícia Roubos de carga

Crescem os roubos de carga na capital

Crimes estão cada vez mais violentos

01/05/2018 às 08h35
Por: Redação
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Crescem os roubos de carga na capital

Os crimes contra transportadoras estão cada vez mais violentos, principalmente em Belo Horizonte. O roubo de carga cresceu 56% na capital e quase 10% em Minas em 2017, na comparação com 2016. Já os furtos registraram queda de 37% na metrópole e 27% no restante do Estado. A Polícia Civil investiga a onda de assaltos e afirma que 15 pessoas foram presas neste ano.

Os dados são da Secretaria de Estado de Segurança Pública. Ainda não há como apontar um motivo para a expansão em BH, mas, dentre as hipóteses, está a concentração de empresas do ramo, além das variadas opções de rotas para acesso a outras cidades. O valor alto das mercadorias que saem e chegam à capital e a presença de receptadores também podem ter contribuído para o crescimento, segundo a polícia.

No mês passado, o caminhoneiro Ricardo Araújo Mariz, de 27 anos, foi alvo da ação de criminosos. Ao chegar na entrada de Sabará, pela BR-381, na Grande BH, ele percebeu que estava sendo seguido por dois homens que dirigiam um Fiat Palio. Um dos assaltantes apontou uma arma e ordenou que o motorista parasse o veículo.

Em uma manobra arriscada, o condutor, que transportava enxovais, cobertores e toalhas, jogou o caminhão no acostamento, fez o retorno e dirigiu por quilômetros na contramão para fugir dos ladrões. “Fiquei muito assustado, já era de madrugada e estava indo de São Paulo para Valadares (Leste de Minas). Saí fechando todo mundo, sem saber o que fazer. Uma hora encontrei uma viatura da polícia, avisei e fui me esconder na casa de um amigo. Só saí no dia seguinte”.

Mas nem todas as vítimas têm a mesma sorte. Não bastasse perder as 45 chapas de granito que transportava, o caminhoneiro Donizetti Rosa da Silva, de 63 anos, teve um de seus veículos tomado por assaltantes próximo ao trevo de Caeté, na BR-381, também na região metropolitana. O crime ocorreu em 2016 e um motorista contratado por ele levava a mercadoria. O prejuízo foi de R$ 150 mil e o caminhão, que não estava quitado, nunca foi recuperado.

“Essa foi a primeira vez que deixei outro motorista dirigir sozinho. Ele era novo, não acharam a carga nem o carro. Para piorar, pagava seguro e a seguradora quebrou, não tive um centavo de volta”.

Criminosos têm se ‘qualificado’, diz delegado

O aumento dos roubos de carga mostra que os criminosos estão se qualificando. A afirmação é do delegado da Unidade Especializada em Investigação e Repressão a Furto, Roubo e Desvio de Carga da Polícia Civil, Sérgio Andrade. 

“A ação das quadrilhas está ficando mais violenta com relação à abordagem. Infelizmente, muitas ocorrências têm a presença de violência ou ameaça com arma de fogo”. Segundo ele, a polícia está intensificando as investigações. Andrade ainda diz que pretende ampliar a equipe de atuação da delegacia, que hoje conta com 13 agentes. 

Em nota, a Polícia Militar informou que atua em mais de 31 mil quilômetros de rodovias estaduais e federais delegadas para prevenir e reprimir a criminalidade. Os roubos de carga têm sido alvo de operações constantes e de ações conjuntas com outros órgãos de segurança. 

Segundo a corporação, os delitos são impulsionados por comércios irregulares que “recepcionam essas mercadorias e as comercializam, praticando um valor inferior, tendo íntima conexão com o crime de receptação e contra a ordem econômica e tributária”.

Nas estradas sob jurisdição da União, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 522 roubos de carga no último ano. O órgão informa que está “traçando estratégias” para combater a incidência de delitos, utilizando grupos especiais.

Transportadoras
Segundo o assessor de segurança do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Setcemg), Ivanildo Santos, por serem quadrilhas especializadas em roubo e furto de carga há algum tempo, é preciso atenção tanto de motoristas quanto das forças de segurança. 

“Aos condutores, falamos para acionarem as polícias e a gestão de segurança das empresas sempre que notarem atitudes suspeitas. Mas, também fazemos, mensalmente, encontros que incluem as polícias para trocar informações e pensar estratégias de prevenção”, afirma Ivanildo Santos.

Por Malú Damázio - hojeemdia

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