
Único político preso por causa do chamado mensalão mineiro, o ex-governador Eduardo Azeredo completa nesta quinta-feira (23) um ano detido em sala especial do Corpo de Bombeiros, em Belo Horizonte. De lá, já que está no regime fechado, ele trabalha há cerca de nove meses para uma empresa de turismo que lhe paga R$ 748,50 por mês, equivalentes a três quartos do salário mínimo.
O pedido para trabalhar na prisão foi feito em meados de junho do ano passado e teve como uma das alegações a de que o emprego é uma das formas de reduzir a pena de 20 anos e um mês à qual foi condenado. O ex-governador tem direito à remição de um dia na pena a cada três trabalhados. O ex-senador também estuda e lê para investir na diminuição da pena. Com tudo isso, conseguiu 78 dias a menos na prisão.
Segundo a assessoria do Fórum Lafayette, no último dia 3 de maio a Justiça autorizou a remição de 50 dias por trabalho e 12 por estudo. Outros 16 dias foram concedidos em decisão de 14 de janeiro por causa da leitura. De acordo com a Ascom, ainda não houve solicitação de novos dias depois destes.
De acordo com a Secretaria de Administração Prisional (Seap), Azeredo trabalha desde agosto do ano passado. O serviço consiste na elaboração de roteiros turísticos por meio de consulta manual a livros e revistas.
“A empresa o contratou para escrever roteiros de turismo e envia semanalmente livros, revistas e afins para que ele faça a consulta necessária manualmente”, explicou a secretaria, que não forneceu o nome do estabelecimento.
Livros e computador
Os presos no regime fechado podem trabalhar, desde que consigam autorização da Justiça. A Seap esclareceu que Azeredo não tem acesso a telefone, mas pode usar um computador somente para estudar. O Laptop é configurado pela Diretoria de Sistemas de Informação da Seap para acesso restrito a uma plataforma da UAITEC pela qual ele faz um curso de educação à distância.
Azeredo foi preso no dia 23 de maio do ano passado depois de ter a condenação pelo mensalão mineiro confirmada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. No início deste mês, o ex-presidente do PSDB pediu a desfiliação da legenda que ajudou a fundar em 1988. Ele comunicou a saída dos quadros do partido com uma carta crítica em que aponta falhas e fala na redução da bancada tucana, o que atribui à “dubiedade, ao populismo e à covardia e hipocrisia de alguns no enfrentamento das questões eleitorais”.
O ex-governador foi condenado pelo desvio de R$ 3,5 milhões de estatais mineiras em 1998, que segundo entendimento do Judiciário, serviram para a campanha dele à reeleição. Azeredo foi apontado como um dos principais responsáveis pelo esquema, que envolveu agências de publicidade de Marcos Valério, que foi preso pelo mensalão petista.

Cassação Câmara dos deputados cassa mandatos de Eduardo Bolsonaro e delegado Ramagem
Cassação TRE de Minas Gerais cassa mandato do vereador Lucas Ganem, mas parlamentar de Belo Horizonte ainda pode recorrer da sentença
Presente de Natal Vereadores de Divinópolis aprovam aumento dos próprios salários
Eleições 2026 O que disse o senador Flávio Bolsonaro ao senador mineiro Cleitinho?
´Cordisburgo Vereador Lucão é eleito novo presidente da Câmara Municipal de Cordisburgo para 2026
Nomeação Prefeitura de Sete Lagoas nomeia Anderson Moura como secretário de Desenvolvimento Econômico
Doação Em Pedro Leopoldo, prefeitura doa terreno para empresário que fez doação para a campanha do atual prefeito
Aprovação Câmara aprova projeto que reduz penas de Bolsonaro e condenados por tentativa de golpe
Contas públicas Índice de transparência da Câmara Municipal de Sete Lagoas cai cerca de 40% e volta a nível intermediário Mín. 18° Máx. 26°

