O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cancelou nesta terça-feira (28) as eleições que seriam realizadas no dia 2 de junho em Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais, cidade que teve três prefeitos em menos de um mês.
O ministro Roberto Barroso, relator do caso, reverteu a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do estado (TRE) que havia cassado a chapa vencedora composta por Leone Maciel Fonseca (sem partido) e o vice-prefeito Duílio de Castro (PMN).
De acordo com a denúncia, meios de comunicação social foram usados de forma indevida na campanha de 2016. Na véspera do pleito, 60 mil exemplares de um jornal com reportagem difamatória contra o candidato adversário teriam sido distribuídos.
O ministro concluiu que não houve motivo suficiente para a cassação da chapa. Como Leone renunciou ao cargo alegando perseguição política, o vice, que já havia assumido a prefeitura, mas depois foi retirado por causa da decisão do TRE, tomará posse.
Três gestores
No dia 7 de março, o ex-prefeito Leone Maciel anunciou, em uma carta de renúncia, que deixaria a administração municipal devido a “perseguições políticas” e à crise financeira enfrentada por Minas Gerais.
Na ocasião, quem assumiu a prefeitura foi o então vice-prefeito Duílio de Castro (PMN). A chapa havia sido cassada no dia 19 de dezembro de 2018, mas cabia recurso e o político ficou no cargo até a publicação dos embargos da declaração pelo TRE-MG.
No dia 22, o presidente da Câmara Municipal de Sete Lagoas, Cláudio Caramelo (PRB), tomou posse. Na época, ele tinha dito que assumiu o cargo com três prioridades: pagar os salários atrasados dos funcionários do município, negociar a dívida de R$ 10 milhões com a empresa de limpeza urbana e tapar alguns buracos da cidade.
Segundo a Prefeitura, ainda não há informações sobre a data da posse de Duílio.
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