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Por duplicação, viagem para praia poderá custar R$ 123 em pedágio

Estudo inicial de concessão das BRs 381e 262 feito pelo Ministério da Infraestrutura aponta pedágio de R$ 13,74 por trecho de 50 km. Proposta prevê duplicação de Belo Horizonte até Governador Valadares e de João Monlevade ao Espírito Santo

15/06/2019 às 09h13
Por: Redação Fonte: OTempo
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Custo. Trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares terá cinco praças, e a cobrança poderá variar entre R$ 47,60 e R$ 68,70 Foto: Pedro Gontijo - 7.1.2016
Custo. Trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares terá cinco praças, e a cobrança poderá variar entre R$ 47,60 e R$ 68,70 Foto: Pedro Gontijo - 7.1.2016

Para que a duplicação da BR–381 finalmente vire realidade, o mineiro vai ter que desembolsar até R$ 13,74 por pedágio. Esse é o valor máximo para se percorrer um trecho de 50 km, segundo um estudo inicial realizado pelo Ministério da Infraestrutura para fazer a concessão da estrada, conhecida como “rodovia da morte”. Na proposta, a duplicação seria de Belo Horizonte a Governador Valadares, mas se estenderia também para a BR–262 rumo ao Espírito Santo. Ao todo, 11 praças de pedágio seriam implantadas.

Essa tarifa poderá cair para R$ 9,52 se durante o leilão para escolher a empresa concessionária houver um deságio de 25%, em um cenário mais otimista. Os detalhes foram apresentados nesta sexta-feira (14) pelo senador Carlos Viana (PSD-MG) durante a edição anual do Conexão Empresarial, em Nova Lima, na região metropolitana de BH.

Com esses valores, uma viagem só de ida da capital mineira para Viana, no Espírito Santo, poderá custar entre R$ 123,48, com o preço máximo, e R$ 85,68, na perspectiva mais otimista. Isso porque serão nove pedágios no caminho. Já no trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares serão cinco praças, e a cobrança poderá variar de R$ 47,60 a R$ 68,70.

Carlos Viana reconhece que o preço é alto, mas destaca que a concessão é a única maneira de tirar a duplicação da BR–381 do papel. “Um pneu furado vai custar mais do que esse valor do pedágio. Um acidente que tire uma vida não é possível nem mensurar em valores. Esse preço é alto porque é uma estrada sinuosa, que vai demandar muitos viadutos. Esse investimento é muito alto. Ou nós vamos pagar pedágio na BR–381, ou essa rodovia não será duplicada”, destacou.

Uma alternativa pensada para minimizar o impacto dos pedágios é a implantação de uma tarifa dinâmica. Nesse caso, nos trechos onde a duplicação não tiver sido concluída os preços serão significativamente menores. A partir do momento em que a estrada for duplicada, o valor integral previsto poderá ser fixado.

Segundo Viana, isso é uma forma de garantir que os investimentos indicados no contrato serão realizados pelas concessionárias. “Nós conversamos com o ministro (da Infraestrutura) sobre o impacto que é o motorista pagar um pedágio sem ver melhorias. Porque a duplicação completa pode demorar entre sete e 15 anos. Então, os estudos caminham para adotar essa tarifa dinâmica, com o motorista pagando a tarifa cheia somente após a duplicação”, explicou.

Nas próximas duas semanas, o Ministério da Infraestrutura vai marcar as datas das audiências públicas que serão realizadas nas cidades onde haverá a instalação dos pedágios. A expectativa é que essas reuniões ocorram no segundo semestre deste ano. Será nesse momento que a população poderá ser ouvida e ajudar a escolher as propostas apresentadas. O trecho entre João Monlevade e o Espírito Santo pode ser retirado da concessão, o que reduziria o pedágio da BR–381 entre Belo Horizonte e Governador Valadares.

A duplicação da BR–381 chegou a ser licitada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit). Porém, a maioria dos lotes está com obras paralisadas após desistência das empresas. Dos 11 lotes licitados, sete não saíram do papel. Dois foram concluídos e outros dois estão em execução.

Desperdício

Desde o início das obras da BR–381 já foram investidos mais de R$ 600 milhões. Parte desse recurso se perderia sem a conclusão da duplicação da rodovia. 

 Concessão fracassou na 040 e na 262

A concessão de rodovias para duplicação não deu certo em outras duas estradas mineiras. Na BR–040 e na BR–262, entre Betim e Campo Florido, a privatização foi um fracasso. Apesar de se cobrar pedágio desde 2015, as obras não ultrapassaram os 10% exigidos para o início da cobrança. Agora, quatro anos depois, as empresas concessionárias devem entregar os trechos para que o governo federal faça um novo leilão.

Segundo o senador Carlos Viana, o Tribunal de Contas da União (TCU) já liberou a possibilidade de o contrato ser encerrado sem multas para ambas as partes. “Essas empresas já haviam investido R$ 5 bilhões, e no contrato havia brecha para que elas cobrassem da União uma compensação sobre esses valores. Agora, o TCU liberou para que se possa encerrar o contrato sem cobrança de nenhum dos lados”, disse.

Ele afirmou que a expectativa é que já no próximo semestre o governo possa fazer um novo leilão para a 040 e a 262.

Veja as cidades onde ficarão as praças de Pedágio:

Caeté
Itabira   
João Monlevade 
Belo Oriente
Periquito 
São Domingos do Prata
Manhuaçu
Ibatiba
Venda Nova dos Imigrantes (ES)
Viana (ES)

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