O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), criticou a atuação do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), diante da pandemia do novo coronavírus. As declarações foram dadas ao programa Pânico, da rádio Jovem Pan, nesta quinta-feira (21).
De acordo com Zema, o prefeito Kalil tem um estilo “bem único, bem expressivo” e tem conduzido a pandemia de uma “forma distinta”.
“Quero aqui deixar um elogio para o prefeito de Betim [Vittorio Medioli], que fez mais de 200 leitos em uma das cidades que têm um dos menores índices do Estado. Então, tem muita gente trabalhando em silêncio, e tem alguém gritando e, às vezes, fazendo quase nada, que parece ser um pouco a situação aqui da capital”, disse.
O governador se mostrou favorável à flexibilização do isolamento social, apesar de destacar que a medida contribuiu para a redução no número dos casos de Covid-19.
“Tenho dito que a grande preocupação é a quantidade de leitos nos hospitais, principalmente os de UTI. Nossa situação é de 7% dos leitos ocupados com portadores ou suspeitos do coronavírus. A taxa nos dá um colchão de segurança expressivo. Você manter pessoas em isolamento não seria adequado… Alguns vão pro lado extremo, até mesmo pra chamar atenção”, ponderou.
Dados do Boletim Epidemiológico da SES (Secretaria de Estado de Saúde) indicam que Minas tem 191 mortes e 5.596 casos confirmados de Covid-19.
Os números comparados com os de outros estados do país são menores e Zema explicou o motivo.
“Fomos muito em tomar ágeis nas medidas, antes de outros estados, segundo minas apenas 20% da população está na região metropolitana [de Belo Horizonte] a grande maioria está no interior, terceiro o mineiro é mais cuidadoso, desconfiado e quarto deixamos a questão para cada prefeito fazer o que é melhor”.
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