Moradores de bairros de Ribeirão das Neves interditam BR-040 nos sentidos Rio de Janeiro e Distrito Federal na manhã desta terça-feira (22) em protesto a falhas no sistema de abastecimento de água no município da região metropolitana. Relatos feitos à reportagem indicam que no bairro Metropolitano a falta d’água perdura há 189 dias, sendo mais de um mês de interrupção completa e contínua no atendimento à população.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), cerca de 20 moradores participam da manifestação, e não há quaisquer previsão de liberação de faixas no sentido Belo Horizonte – estas estão totalmente interditadas nas proximidades do KM 507 e houve queima de pneus.
Além do trecho para quem viaja em direção à capital mineira e ao Rio de Janeiro, há um ponto de suspensão do tráfego também no sentido Distrito Federal – este na altura do condomínio Vale das Acácias – conforme informação repassada pela Via 040, concessionária que administra o trecho. O protesto acontece no trecho da rodovia que corta os bairros Florença e São Genaro, e são três quilômetros de congestionamento.
Um mês sem água
Há 189 dias, moradores do bairro Metropolitano perceberam as primeiras falhas no sistema de água que o abastece. A ausência de água na região não acontecia de maneira ininterrupta, entretanto o cenário piorou há cerca de um mês. “A falta de água está completando 189 dias, não de forma ininterrupta para toda a população, mas são dias e semanas sem água. O pico está acontecendo agora, são 32 dias sem água em um bairro onde temos famílias com cadeirantes, crianças e idosos, e, nesse momento de pandemia a situação se agrava ainda mais”, esclareceu Cleidson Brandão que é presidente da Associação de Moradores dos bairros Metropolitano e Fazenda Castro.
Segundo ele, a manifestação que ocorre nesta terça-feira é fruto do desrespeito sentido pela população em relação à companhia de água. “Nós apoiamos qualquer ato que seja democrático, mas também não compactuamos com a interdição total da BR. Mas, chegou um ponto em que a população se sente humilhada com a falta de água e com o descaso da Copasa que não dá informações sobre o motivo para essa falta de água”, detalha.
Brandão relatou ainda que a associação mantém um diálogo com a Copasa, mas que isto não tem sido suficiente para aplacar o desespero dos moradores do entorno. “Chegou a um ponto insustentável de segurar. Mesmo com as negociações com a Copasa, hoje a situação estourou”, conclui. A reportagem aguarda retorno da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) a respeito dos questionamentos sobre desabastecimento no bairro Metropolitano.
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