Conhecido por se envolver em diversas polêmicas nos últimos anos, o promotor de Justiça André Luis Garcia de Pinho, é investigado após a morte da esposa, Lorenza Maria de Pinho, 39, na madrugada desta sexta-feira (2). Conforme uma fonte revelou, a mulher foi encontrada morta e o marido alegou que ela teria se engasgado. Porém, familiares relataram que o casal vivia um relacionamento conturbado e logo suspeitaram do motivo do óbito.
Logo depois, o corpo de Lorenza teria sido encaminhado a uma funerária na avenida Afonso Pena, no bairro Funcionários, região Centro-Sul de Belo Horizonte. Diante das suspeitas, foi solicitada a abertura de uma investigação para apurar a causa da morte da vítima e o caso repassado para a Delegacia de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa, na capital mineira. Por isso, o corpo foi retirado da funerária e enviado para o Instituto Médico Legal (IML), que vai fazer uma autópsia para apurar a causa da morte.
Procurada, a Polícia Civil não se manifestou até o fechamento desta edição. A reportagem conseguiu contato com o delegado responsável e ele confirmou que acompanha o caso, mas não deu detalhes. A Polícia Militar informou que não foi registrado nenhum boletim de ocorrência sobre o fato. Já a funerária alegou que não recebeu o corpo da vítima nesta sexta. O velório está marcado para acontecer no próximo sábado (3). O casal tem cinco filhos e vivia no bairro Buritis, na região Oeste da capital.
O promotor André Luiz Garcia de Pinho não foi encontrado para comentar as suspeitas sobre a morte da esposa.
Histórico contraditório
No fim de 2016, o promotor e a esposa chegaram a sofrer uma tentativa de atentado. Na época, Garcia atuava na Promotoria de Combate ao Crime Organizado. Câmeras de segurança revelaram que um homem efetuou pelo menos três disparos contra a fachada do edifício e a Lorenza chegou a relatar que não podia nem sair na rua por conta das constantes ameaças ao magistrado.
Desde 2010, o promotor sofreu tentativas de homicídio e ainda teve o carro incendiado há cerca de cinco anos. Por conta das ameaças, ele só saia de casa escoltado. Porém, André Luiz Garcia também foi alvo de ação civil do próprio Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) entre os anos de 2014 e 2016 por suspeita de diversas irregularidades.
A principal delas seria a omissão das responsabilidades trazidas pelo cargo, já que o promotor teria faltado muito ao trabalho. “As datas faltosas perfazem o total de 195 dias, em que o requerido não compareceu à 11ª Promotoria de Justiça, tampouco se fez presente em qualquer ato oficial ou relacionado ao trabalho”, aponta trecho da ação, obtida pela reportagem em 2018.
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