Polícia acredita que alvo de crime brutal em Betim era professora; criança foi morta por queima de arquivo

A Polícia Civil detalhou nesta sexta-feira (5) a investigação de um duplo assassinato que revoltou moradores do bairro Laranjeiras, em Betim, na Grande BH. Em outubro de 2017, os corpos da professora Jane de Fátima de Souza, 39 anos, e da filha dela, Camila Loureiro de Souza, de seis, foram encontrados na casa em que elas moravam. A mulher tinha a marca de 35 facadas pelo corpo, e a criança um corte extenso no pescoço. 

De acordo com a polícia, o responsável pelo crime é Emanuel Monteiro Caires, de 35 anos, vizinho da professora. Ele teria uma relação extra conjugal com a mulher, pois tinha uma namorada. A motivação do assassinato ainda é incerta, mas investigadores acreditam que Jane e a filha morreram porque o suspeito tinha medo dessa relação ser descoberta ou tinha interesse financeiro pela professora. 

Emanuel foi preso no mês passado, em Almenara, no interior de Minas, na casa de familiares. Ele disse para os policiais que lembra apenas ter usado muita bebida alcoólica e cocaína na noite em que matou as duas. 

Logo depois do crime Emanuel desapareceu. Na residência do suspeito, os peritos encontraram sangue da professora na sala, no quarto e no banheiro. 

Ainda segundo a investigação, Camila morreu porque teria flagrado o feminicídio e conhecia Emanuel. Por causa desse crime hediondo, o nome do suspeito integrou a lista dos criminosos mais procurados de Minas Gerais. 

Emanuel foi indiciado pelo feminicídio da mulher e pelo homicídio da criança, duplamente qualificados. A pena pode chegar até a 60 anos de prisão caso ele seja condenado.