Uma operação do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) tirou de circulação nos supermercados 24 marcas de azeite adulteradas. Ao todo, foram suspendidas mais de 150 mil garrafas em seis estados, sendo eles: Ceará, Goiás, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. Os produtos eram considerados impróprios para o consumo e eram comercializados em todo o Brasil.
O azeite é o segundo produto alimentar mais fraudado do mundo. Dessa forma, a operação de fiscalização de combate a falsificação foi programada por causa do aumento do consumo do produto no final do ano. As fraudes dos produtos são confirmadas em laudos analíticos avaliados pela rede oficial de Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA).
Além disso, a operação visa inibir a venda do produto adulterado, uma vez que o supermercado que continuar com as marcas proibidas nas prateleiras poderá pagar até R$ 532 mil em multa. Essas irregularidades são classificadas como produtos sem registro no Mapa, fraudados, clandestinos e contrabandeados.
Durante a operação também foram descobertas e fechadas três fábricas clandestinas que envasavam misturas de óleos vegetais sem procedência registrada e vendiam como azeite. Uma fábrica no interior de São Paulo também foi proibida de prosseguir com a produção, após a fiscalização constatar alteração nos produtos durante o ano de 2021.
As informações sobre a operação foram divulgadas em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (16) pelo diretor do Departamento de Inspeção de Produtos Origem Vegetal, Glauco Bertoldo. A operação contou com apoio da Anvisa, Vigilâncias Sanitárias estaduais e municipais, Ministério Público e Polícia Civil.
“Os consumidores não devem comprar os azeites dessas marcas divulgadas pelo Mapa. Fica o alerta também para os supermercados, pois o local que estiver com um desses produtos expostos à venda se responsabilizará pela irregularidade e responderá perante o Ministério com multas que podem chegar a R$ 532 mil reais”, destacou Glauco Bertoldo.
Uma das fraudes mais comuns nos azeites de oliva é a mistura de óleos de soja com corantes e aromatizantes artificiais para “fabricar” o produto.
Existem três tipos de azeite de oliva: o lampante (acidez maior que 2%), o virgem (acidez entre 0,8% e 2%) e o o extra virgem (acidez menor que 0,8%). O primeiro tipo de azeite, lampante, precisa ser refinado para o consumo, os outros dois podem ser consumidos in natura. Outra fraude comum é encontrar azeite de oliva refinado sendo vendido como extra virgem.
Algumas dicas podem ajudar o consumidor a distinguir produtos originais de adulterados (Mapa/Divulgação)
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