Um cabo da polícia militar de Minas Gerais, de 41 anos, reagiu a uma tentativa de assalto dentro da própria casa e matou um homem na madrugada desta terça (3), no bairro Tony, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte.
O militar, que estava de folga, foi acordado por volta de 2h30 com latidos dos cachorros. Ele mora com a esposa e duas filhas.
Segundo a versão do militar repassada aos policiais, o homem estava no quintal com uma bicicleta e um cooler. Ele fez menção de que estava armado e de que efetuaria disparos. Foi então que o cabo da PM atirou três vezes: dois tiros acertaram o suspeito no tórax e um no abdômen.
Segundo informações preliminares da PMMG, o homem, que até o momento não foi identificado, foi levado para o Hospital Risoleta Neves, não resistiu aos ferimentos e morreu.
O cabo da PM foi encaminhado para a sede do 40° BPM em Ribeirão das Neves onde o boletim de ocorrência foi feito. A corregedoria da PM foi acionada.
Essa é a terceira vez que a casa do cabo da PM é invadida em menos de dois anos. Quem faz essa afirmação são vizinhos e pessoas próximas à família que não quiseram ser identificadas.
Testemunhas acreditam que o autor das outras invasões seja a mesma pessoa devido às características do crime: ele pula o muro usando um balde de concreto como escada, se esconde no quintal, junta os objetos de interesse em um ponto e foge em segurança.
Os vizinhos não relacionam a tentativa de furto ao fato de a casa ser de um policial."Veem a casa, acham ela boa, que deve ter bons pertences lá dentro e dinheiro", afirma um senhor amigo da família que pediu anonimato. Ele disse que está abalado com tudo o que aconteceu. "Ver um amigo, um vizinho nosso ter que matar um bandido é muito triste, né? E a família de quem perdeu o cidadão também deve estar muita abalada. Às vezes a família cria os filhos para ser uma boa pessoa, mas daí ele vira bandido, pilantra na rua", diz.
Moradores da rua onde houve a tentativa de assalto à casa do cabo da PM contam que é comum essa prática de furto no bairro. "A região está tendo muito assalto, muita morte, não está dando para dormir sossegado. Tem que colocar câmera, cachorro e, mesmo assim, entram nas casas", diz uma mulher que pediu anonimato.
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