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Comunidade católica reage à decisão do Papa Francisco de permitir que mulheres votem no Sínodo dos Bispos

A novidade provoca reação da ala conservadora da Igreja. O grupo Missa em latim, que defende retorno a algumas tradições católicas, chamou até de golpe e disse que é precedente perigoso para hierarquia da Igreja.

28/04/2023 às 11h27
Por: Redação Fonte: Mega Cidade com Jornal Nacional
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A decisão do Papa Francisco de permitir que mulheres tenham direito ao voto no Sínodo dos Bispos gerou reações na comunidade católica.

O Papa Francisco mudou o regulamento da Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que acontecerá em outubro próximo, introduzindo algumas cotas femininas.

Originalmente, apenas bispos tinham direito a voto. Com a mudança, 70 "não bispos" poderão votar. Metade das novas vagas será reservada a mulheres. Além disso, cinco freiras se juntarão a cinco clérigos como representantes de ordens religiosas - e também terão direito a voto.

Demorou décadas, desde que Paulo VI criou o Sínodo, em 1965, para manter viva a chama do Concílio Vaticano II. A sinodalidade representa a democracia na Igreja, a participação dos fiéis através dos bispos de cada diocese, que dão conselhos ao Papa.

Mas a exclusão das mulheres no processo decisório vinha sendo motivo de críticas ao Vaticano, principalmente nos últimos sínodos que deram muita repercussão, como o da Amazônia e antes o da família.

Nas duas ocasiões, o Papa Francisco escolheu alguns observadores para participar, entre eles mulheres, mas sem a oportunidade de voto, o que gerou o descontentamento delas.

O tema do próximo Sínodo será a busca de um maior envolvimento dos fiéis nas questões da Igreja. A novidade está provocando a reação da ala conservadora.

O grupo Missa em latim, que defende o retorno a algumas tradições católicas, chamou até de golpe, e disse que é um precedente perigoso para a hierarquia da Igreja. O grupo considera que o documento final do Sínodo, que deveria ser apenas uma consulta, pode acabar se tornando deliberativo. "O diabo está nos detalhes", afirmou.

Grupos de católicas definiram a medida como histórica nos 2.000 anos de vida da Igreja.

O Papa Francisco quer dar às mulheres mais voz no alto escalão. Também pretende nomear mulheres para um comitê que ajuda o papa a selecionar os bispos do mundo.

Francisco já disse que mulheres em cargos de liderança melhoram o Vaticano. Mas essa reforma só será completa quando elas puderem rezar missa e consagrar a eucaristia. Se depender do desejo de Francisco, esse dia vai chegar.

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