Sob a lembrança de que neste ano comemoramos os 100 anos da primeira greve acontecida no Brasil (em julho de 2017), a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) definiu, em Belo Horizonte, a participação massiva de toda a categoria, nacionalmente, na “Greve Geral” programada pelo movimento sindical brasileiro para o próximo dia 28 de abril.
A senha para a Greve Geral aconteceu na “Reunião Ampliada da Executiva da CNTM”, realizada na FEMETALMINAS, com a participação de lideranças sindicais metalúrgicas de todo o País. No evento, o presidente da CNTM, Miguel Torres, deixou claro que a greve é uma “guerra contra o governo e vai fazer o trabalhador e toda a sociedade entenderem que precisamos dos sindicatos”. Miguel fez severas críticas à iniciativa do governo com a terceirização total das atividades nas empresas e afirmou que a medida prejudica ainda mais a arrecadação da Previdência Social através da precarização dos contratos de trabalho e eliminando benefícios sociais gerados pela contratação celetista. Afirmou que o governo quer mexer em três meses em coisas com duração de 30 anos, fazendo reformas “a toque de caixa”, sem regras, sem equilíbrio e através da “pura pressão do capital sobre o trabalho”. Lembrou que propostas como a de permitir direitos negociados em acordos coletivos sobre o estabelecido em lei irá permitir fraudes de delegados eleitos pelos patrões para cortar direitos dos trabalhadores.
O presidente da Femetalminas, Ernane Geraldo Dias, lembrou que as reformas propostas pelo Governo Temer “prejudica severamente os trabalhadores, mas provocará um verdadeiro caos social, com uma população envelhecendo sem nenhuma perspectiva de se aposentar e se manter com as mudanças drásticas propostas para a Previdência Social”. Ernane ressalta que a sociedade inteira se une aos trabalhadores contra o corte de direitos trabalhistas e a roposta criminosa de exigir uma contribuição de 49 anos para se aposentar, sabendo da gravidade que enfrentamos com o desemprego em massa e na impossibilidade de se manter empregado por tanto tempo.
A executiva da CNTM deliberou pela participação dos metalúrgicos maciçamente na Greve Geral de 28 de abril, além de ações diretas de todo o movimento sindical sobre deputados federais e senadores para cobrar de postura o voto contra as reformas que ferem os direitos trabalhistas e previdenciários.
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