O desaparecimento do fazendeiro Cândido Martins, conhecido como Duzinho, de 59 anos, e de seu amigo Edmar de Azevedo, o Zoião, de 39 anos, completa dez dias e acende um alerta na polícia de Baldim. A investigação, conduzida pela Polícia Civil, trabalha com a hipótese de crime diante dos indícios encontrados na propriedade de Duzinho, na localidade de Vargem Grande, zona rural do município, e do longo período sem notícias dos dois homens.
Duzinho foi visto pela última vez em uma padaria local no dia 12 de maio, por volta das 7h, quando, como de costume, pegou o pão, mas não retornou à fazenda. Desde então, as buscas se estenderam por mais de uma semana sem resultados concretos.
Na fazenda do produtor rural, foram encontrados elementos que tornam o caso ainda mais misterioso: munições calibre .38 e .22, além do carro de Duzinho com um vidro quebrado e a chave na ignição. Os documentos de Edmar também estavam no local. Dentro da residência, os cômodos estavam revirados, com paredes e pisos sujos de sangue. Do lado de fora, o mato amassado sugeria a passagem de algo ou alguém, e uma camiseta com sangue, pertencente a Duzinho, foi encontrada. As botas do fazendeiro estavam na entrada, e ao lado, uma munição calibre .38. Curiosamente, nada foi levado da propriedade, e os telefones das vítimas não foram encontrados.
A família de Cândido Martins relatou ao portal R7 Minas que não descarta a possibilidade de o desaparecimento estar relacionado a negócios irregulares conduzidos pelo fazendeiro. Em 2022, Duzinho chegou a registrar um boletim de ocorrência relatando estar sendo ameaçado e temendo pela própria vida. Ele informou à polícia que parte do terreno da fazenda, herdada do pai, teria sido vendida ilegalmente por um estelionatário. As ameaças viriam de pessoas que caíram no suposto golpe e tentavam tomar posse das terras.
Outra possibilidade levantada pela família diz respeito à negociação de um caminhão. Duzinho teria vendido o veículo, mas não realizou a transferência dos documentos, e o novo dono estaria insatisfeito com a situação. O fazendeiro trabalha com a compra e venda de diversos produtos, o que adiciona mais uma camada de complexidade ao caso.
Preocupado com a situação, o filho de Duzinho, que reside em Portugal, retornou ao Brasil para acompanhar de perto as investigações e as buscas. A Polícia Civil segue apurando todas as linhas de investigação na tentativa de desvendar o paradeiro de Cândido Martins e Edmar de Azevedo, qualquer informação pode ser repassada pelo número 181.
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