Uma arara-azul sofreu ferimentos graves após ser atingida por uma linha com cerol na tarde da última segunda-feira (28), no bairro Jardim do Planalto, em Capim Branco. O impacto causou um corte profundo na asa da ave, com exposição óssea, segundo informações da Polícia Militar.
O incidente mobilizou moradores da região, que conseguiram conter o animal até a chegada das autoridades. A arara, que possui anilha de monitoramento e é acompanhada pela Polícia de Meio Ambiente, foi levada por voluntários até a clínica veterinária UPA Animal, em Sete Lagoas, diante da indisponibilidade do Corpo de Bombeiros e da Polícia Ambiental.
Durante o atendimento da ocorrência, a mãe de um adolescente de 17 anos se apresentou à PM, informando que o filho havia empinado a pipa com a linha cortante. O jovem confirmou a autoria e disse não ter tido intenção de machucar o animal. A linha foi destruída no local, e os dois foram encaminhados à delegacia para os procedimentos legais.
De acordo com testemunhas, a arara sobrevoava uma área urbana quando foi atingida e caiu com ferimentos severos. A linha chilena – um tipo de linha cortante ainda mais perigosa que o cerol e proibida por lei – causou a mutilação da asa da ave. A situação sensibilizou voluntários, ambientalistas e moradores da cidade, que se uniram para garantir o atendimento da arara.
Atualmente, o animal está sob cuidados veterinários, mas necessita de uma cirurgia avaliada em R$ 1.500, além de arcar com custos diários de internação. Uma campanha de arrecadação foi lançada nas redes sociais, e doações podem ser feitas via PIX, pela chave 31993568647, em nome de Viviane Rodrigues da Silva, responsável temporária pela ave.
Recentemente, em Sete Lagoas, um motociclista foi atingido por uma linha cortante que causou um corte de aproximadamente 20 centímetros na região jugular esquerda do pescoço. Um pássaro também foi encontrado pendurado por uma linha cortante em uma árvore na orla da Lagoa Paulino.
A comunidade local reforça o alerta sobre os riscos do uso de cerol e linha chilena. Esses materiais proibidos colocam em risco não só a vida de animais silvestres, mas também de crianças, ciclistas e motociclistas.
Mín. 9° Máx. 26°