A prisão do prefeito de Baldim, José Antônio da Trindade, o Zito, (PT), em uma ação do Grupo de Combate de Crimes Praticados por Agentes Políticos da Polícia Civil de Minas Gerais, que integra o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), revirou a política da cidade. Além da posse interina do vice-prefeito, Alex Vander de Souza Martins, a Câmara Municipal de Baldim estuda quais medidas tomará. “É preciso ter prudência para não ficar caracterizada perseguição política, pois a defesa do prefeito entrou com habeas corpus”, informou o presidente da Casa Legislativa, Joel Ferreira Martins (PSDB).
O presidente adiantou, com exclusividade, que a Câmara Municipal pode se reunir a qualquer momento, em reunião extraordinária. “Pode ser de segunda a sexta-feira”, afirmou. “Haverá reunião extraordinária sempre que for necessário”, completa, ponderando que a Câmara Municipal aguarda da Justiça o deferimento, ou não, do habeas corpus. “A Mesa Diretora precisa agir com responsabilidade, dentro da lei”, finaliza.
Relembre o caso – No dia 24 de julho, às 6h, agentes da Polícia Civil cumpriram mandados de busca e apreensão na casa do prefeito Zito e em seu gabinete na Prefeitura. Segundo a Assessoria de Comunicação da Polícia Civil de Minas Gerais, foram apreendidos documentos e mídias no gabinete. Zito está com prisão preventiva decretada pelos crimes de uso indevido de dinheiro público e crime de intimidade sexual, envolvendo um adolescente de 16 anos.
A ação policial enfraqueceu ainda mais a base política do prefeito. De 9 vereadores do Legislativo, somente 4 fazem parte da base de apoio do prefeito. Com a prisão de Zito, o grupo de oposição tende aumentar com o pedido de cassação ganhando força entre os vereadores. O prefeito está em seu segundo mandato como prefeito de Baldim.
Em 2015, Zito foi investigado por uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) em virtude de várias denúncias de possíveis desvios de combustíveis e peças automotivas. O relatório final teve cerca de 4.000 páginas e foi encaminhado para diversos órgãos, como o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG)
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