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Desemprego volta a cair em agosto, diz IBGE; CUT contesta “recuperação” anunciada pelo governo

Segundo instituto, a taxa de desocupação caiu 4,8% na comparação com o trimestre anterior

02/10/2017 às 10h08
Por: Redação
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Trabalhadores informais e sem carteira assinada puxam economia, diz a Central Única dos Trabalhadores (imagem ilustrativa)
Trabalhadores informais e sem carteira assinada puxam economia, diz a Central Única dos Trabalhadores (imagem ilustrativa)

O documento revela que o número de desempregados no Brasil atingiu 13,1 milhões de pessoas de junho a agosto, uma redução de 4,8% na comparação como o trimestre encerrado em maio. Com a retomada da economia, o desemprego voltou a cair no País. No trimestre encerrado em agosto, a taxa de desocupação caiu de 13,3% para 12,6%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram divulgados nesta sexta-feira (29).

No caso da população ocupada, houve um crescimento de 1,5% em relação ao trimestre anterior. Na prática, isso significa que mais de 1,4 milhão de pessoas foram reposicionadas no mercado de trabalho e voltaram a ter renda.

De acordo com o levantamento, o número de empregados com carteira de trabalho ficou estável em 33,4 milhões de pessoas, enquanto o número de trabalhadores por conta própria cresceu 2,8% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado (+612 mil pessoas).

Por sua vez, o nível da ocupação, indicador que mede o percentual das pessoas ocupadas, ficou em 54% no trimestre encerrado em julho, o que representa um aumento de 0,6 ponto percentual frente ao trimestre anterior.

O resultado do trimestre ocorre ao mesmo tempo em que o mercado de trabalho reage diante do crescimento da economia. De janeiro a agosto, por exemplo, foram criadas 163,4 mil vagas formais de emprego no País, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados.

CUT retruca “recuperação” do mercado de trabalho

Trabalhador sem carteira e autônomo sustentam 'recuperação' do mercado, afirma Central Única dos Trabalhadores

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (29) pelo IBGE, mostrou recuo da taxa de desemprego no trimestre encerrado em agosto, em comparação com maio, de 13,3% para 12,6%, ainda acima de igual período do ano passado (11,8%). A estimativa é de 13,113 milhões de desempregados no país, 658 mil a menos no trimestre (-4,8%) e 1,090 milhão a mais em 12 meses (9,1%). Mas a aparente melhoria no período recente se sustenta, principalmente, pelo emprego sem carteira e por conta própria, o que não é exatamente um indicativo de recuperação.

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, o problema não são os números ruins em si, mas seu significado na vida das pessoas. "Estamos falando de chefes de família, homens e mulheres sem renda, sem dinheiro para o aluguel, sequer para as despesas básicas do dia a dia que, desesperados, humilhados", afirma Vagner em seu blog. "Está criado o cenário ideal para empresários inescrupulosos explorarem uma mão de obra que se torna barata pela total falta de opção e desespero."

De maio para agosto, foram criados 1,374 milhão de postos de trabalho. Destes, mais da metade foram de empregados sem carteira assinada (286 mil) e trabalhadores por conta própria (472 mil). O emprego com carteira teve leve alta, de 0,5%, com mais 153 mil.

Em um ano, o quadro é pior: o mercado abriu 924 mil vagas, mas essa expansão se concentra no emprego precário ou informal: 552 mil empregados sem carteira (5,4%) e 612 mil por conta própria a mais (2,8%). No emprego formal, foram fechadas 765 mil vagas, queda de 2,2%.

Os empregados com carteira assinada no setor privado somam hoje 33,412 milhões. Os sem carteira são 10,757 milhões e os trabalhadores por conta própria, 22,846 milhões. O emprego domésticos mantém-se estável, com 6,111 milhões de pessoas, enquanto o emprego no setor público tem 11,460 milhões.

Entre os setores, a indústria abriu 227 mil vagas no trimestre (1,9%) e 365 mil em 12 meses (3,2%). A construção civil criou 191 mil (2,9%) e eliminou 353 mil (-4,9%), respectivamente, enquanto o comércio/reparação de veículos registra acréscimo de 178 mil (1%) e 219 mil (1,3%). Os diferentes segmentos de serviços têm resultado positivo ou estável.

O rendimento médio dos ocupados, estimado em R$ 2.105, variou -0,5% no trimestre e 1,9% em relação a 2016. A massa de rendimentos (R$ 186,722 bilhões) teve variações de 0,9% e 2,7%.

Da Redação, com informações do Portal Brasil e da CUT


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