Está preso à disposição da Justiça o estelionatário Djalma Alves da Silva, de 55 anos, que atuava como um falso médium no Hipercentro de Belo Horizonte, e deu um golpe de R$ 284 mil em uma professora aposentada na capital mineira. Ele chegou a usar truques de mágica para conquistar a confiança da idosa, além de levá-la a instituições de caridade para convencer ainda mais a vítima. Com o nome de Antônio, ele atuava em uma sala alugada no Edifício Clemente Faria, na Avenida Afonso Pena, em plena Praça Sete, como se fosse um guia espiritual.
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Segundo a Polícia Civil, ele já era investigado pelo Departamento de Fraudes e por isso tinha um mandado de prisão em aberto por estelionato. Mas acabou preso em flagrante por policiais do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) na semana passada, quando os agentes receberam a informação de que ele estaria aplicando um golpe de grande valor financeiro.
O delegado Sérgio Belizário explicou que a professora de 71 anos foi abordada em 29 de novembro por uma mulher que seria comparsa do bandido e alegou que trabalhava em uma rede de drogarias de BH, o que era mentira. Na aproximação com a vítima, ela conseguiu obter informações pessoais da idosa, que revelou problemas de saúde na família, como uma doença degenerativa de seu marido, um ex-funcionário aposentado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
A partir daí a mulher levou a vítima ao falso médium, que prometeu um tratamento espiritual para purificar o dinheiro, sob o argumento que esse era o problema que causava sofrimento na família. Um dos truques usados pelo estelionatário para impressionar a vítima foi mergulhar uma folha de papel na água e retirar com o aparecimento da imagem de um caixão, mediante conhecimentos de química que o criminoso possui. Ele tem, inclusive, uma carteira da Associação de Mágicos do Estado de São Paulo. Outro truque usado pelo investigado teve relação com frutas, segundo a Polícia Civil. Ele pediu que a mulher levasse algumas frutas em um dos encontros e ao descarcar um mamão ele inseriu objetos como um pedaço de uma nota de R$ 50, que indicaria a necessidade de purificação do dinheiro.
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