A superpopulação de pombos pode ajudar na propagação de doenças pulmonares, gastrointestinais e dermatites. Pode haver também a transmissão da criptococose, conhecida como doença do pombo. Os fungos que se desenvolvem nas fezes do pássaro podem ser inalados e se instalam nos pulmões, podendo migrar para o sistema nervoso central e causar a meningite.
“As pessoas que correm o maior risco de desenvolver a meningite por meio da criptococose são as pessoas que estão com a imunidade comprometida. AIDS não tratada e não controlada, tratamento de câncer com uso de quimioterápicos e uso de corticoides para tratar artrite ou reumatoides comprometem a capacidade de defesa do organismo e aumentam as chances de infecções causadas por fungos”, alerta o infectologista Carlos Starling.
O médico destaca que a preocupação com os pombos é legítima, os pombos estão associados à transmissão de várias outras doenças, além da meningite. As pessoas que têm a imunidade comprometida devem evitar locais habitados por pombos e o próprio contato com os pássaros. “No caso das meningites, é importante lembrar que temos as vacinas disponíveis nos postos de saúde”, detalha.
De acordo com informações da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais, são 149 casos de meningite confirmados em 2019. A doença já matou 19 pessoas no estado somente neste ano. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), no mundo, nos últimos 20 anos, foram reportados quase 1 milhão de casos com suspeita de meningite e 100 mil pessoas morreram. No Brasil, cerca de 2,5 mil pessoas são atingidas pela meningite por ano. Os dados são do Ministério da Saúde.
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