A Polícia Civil de Cordisburgo concluiu inquérito policial que investigava a morte de Emídio Florêncio da Silva, de 87 anos, em 12 de maio de 2019, em Araçaí.
A conclusão dos trabalhos se deu com a prisão do autor, S.C.A.C. de 30 anos, nesta sexta-feira (7 de junho), realizada por policiais civis da Delegacia de Matozinhos, com o apoio da agência de inteligência da Delegacia Regional de Sete Lagoas.
Na data do crime, S.C.A.C. entrou na casa da vítima, pulando a janela, e a golpeou com um "faim", ferramenta parecida com um facão, causando sua morte. Emídio era casado há 30 anos com a avó de S.C.A.C., sendo padrasto da mãe do autor.
No momento do crime também estavam na residência, mas em outro cômodo, a esposa da vítima, que era avó de S.C.A.C., além de dois filhos dela. Após o crime, S.C.A.C. fugiu do local.
As investigações demonstraram que S.C.A.C., o qual possuía antecedente criminal por tráfico e associação para o tráfico de drogas, mantinha um relacionamento ruim com Emídio desde criança, com vários desentendimentos ao longo dos anos. Outros membros da família também tinham relacionamento ruim com a vítima, inclusive com relatos de violência psicológica de Emídio contra sua esposa, o que justificaria os desentendimentos familiares.
As diligências revelaram ainda que na data do crime um tio de S.C.A.C. foi até a residência de Emídio para convencer a esposa deste a fazer um tratamento de saúde, porém a vítima teria discordado dos familiares, afirmando que sua esposa deveria ficar no local.
Diante disso, S.C.A.C. pulou a janela da residência e cometeu o crime, utilizando a ferramenta que portava habitualmente, já que era floricultor.
A vítima teve feridas corto-contusas na região cervical posterior, seccionando coluna cervical, na região cervical e face à direita, na mão direita, além de feridas cortantes no ombro direito e na têmpora direita. A gravidade das lesões impossibilitou qualquer tipo de socorro, causando morte instantânea.
Tão logo tomou conhecimento dos fatos, a Polícia Civil instaurou inquérito e realizou em 8 dias, todas as diligências necessárias, apesar de o prazo legal para conclusão do procedimento ser de 30 dias.
S.C.A.C. foi indiciado por homicídio qualificado, já que agiu impossibilitando a defesa da vítima, e a Polícia Civil representou pela sua prisão preventiva, que foi decretada pela Justiça nesta data, quando o mandado de prisão foi cumprido.
Ele responderá a processo criminal, podendo ser condenado a até 30 anos de reclusão.
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