
A decisão do Governo Federal de liberar os saques nas contas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) pode trazer grande alívio no orçamento das famílias mineiras. E a importância desta situação pode ser medida quando se sabe que, hoje, os mineiros em atraso com suas dívidas superam a média brasileira.
Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontam que 31% das famílias endividadas em Minas Gerais estão inadimplentes, ou seja, que não conseguem pagar suas dívidas no prazo estipulado. A média nacional é 23,6%.
O limite de saque determinado pelo governo para esse ano é de R$ 500, a partir de setembro. Para a economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG), Barbara Guimarães, o impacto desse valor vai ser muito pequeno na economia no curto prazo.
“É uma medida para alavancar as famílias, ou seja, criar condições para que possam pagar suas dívidas e consumir em pequena magnitude. Ao pagar essas dívidas, a tendência é recuperar o crédito e, com o nome limpo, voltar a fazer compras a prazo. Isso aquece o comércio e estimula a economia. Os empresários ficam mais confiantes e podem voltar a investir e gerar empregos”, afirma ela.
Outros levantamentos realizados recentemente pela Fecomércio- MG, para medir a confiança dos empresários e a satisfação dos consumidores, mostram cenário negativo. Em junho, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) caiu para 109,7 pontos, ante 114,2 em maio. A Intenção de Consumo das famílias (ICF) ficou em 84,7 pontos, contra 91,2 no mês anterior.
Bárbara diz que liberação do FGTS pode ajudar a aumentar esses índices em pequena escala, mas não são suficientes. “Essa melhora depende muito mais da aprovação das reformas estruturais que estão na pauta do governo e do Congresso Nacional – entre elas as reformas da Previdência e a tributária”.
Ela explica: “Estas reformas são fundamentais para criar um ambiente mais propício para a volta dos investimentos e, com eles, da geração de empregos, o que é fundamental para um país que tem 13 milhões de desempregados e mais 15 milhões que tem ocupações precárias”, finaliza.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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