
A visão perfeccionista do mundo nos fez acreditar que onde existe erro não existe acerto (e vice-versa). Ninguém gosta de ter seus erros ressaltados - muito pelo contrário, a sociedade é orientada a esconder as falhas e primar pelos acertos e pelas vitórias. Entre os desafios diários que líderes enfrentam à frente de uma equipe, organização ou país, talvez um dos mais difíceis seja aprender a lidar com os próprios erros.
O pesquisador e professor de Harvard, Shawn Achor, desenvolveu um estudo sobre os efeitos dos erros no aprendizado e rendimento das pessoas. Os resultados indicaram que, quando erramos, temos a oportunidade de aprender com nossas falhas e, assim, podemos evitar erros futuros. "Quantos gênios e prêmios Nobel erraram antes de acertar? Precisamos aceitar, sem resistências, que cometer erros faz parte da natureza humana. Aprender a enxergá-los de maneira positiva é o primeiro passo para errar cada vez menos", explica o diretor-geral do Colégio Positivo, Celso Hartmann.
Para ele, ao errar, deve-se focar no que se pode aprender a partir daquilo. "Assim, levantamos mais fortes e sábios, prontos para os demais desafios que a vida nos impõe", justifica. Segundo ele, essa perspectiva nos ambientes familiar e escolar permite que as crianças saibam arriscar e não desistam diante da primeira dificuldade. E ainda mais: faz com que elas vejam o fracasso até mesmo como um motor para a determinação.
O educador explica que, quando erros se tornam oportunidades de aprendizado, as pessoas se arriscam mais, pensam em novos caminhos, trapaceiam menos e resolvem mistérios que antes não conseguiam. "Isso não nos dá a justificativa de falhar de propósito, deixando tarefas inacabadas ou fazendo as coisas sem a motivação e o empenho necessários. O ideal é nos dedicarmos 100% àquilo que estamos realizando, mas aceitarmos uma falha, caso ela apareça em nosso caminho", afirma Hartmann.
Ou seja, segundo ele, é possível aprender muito mais com o erro do que com o acerto. "Quando erramos, ficamos alerta, tentamos descobrir onde foi que erramos e o que é necessário para acertar na próxima vez. O erro só é um problema quando não é percebido. Caso contrário, torna-se aprendizado", conclui. Sem essa percepção, existem dois riscos: o de continuar repetindo os mesmos erros sem aproveitá-los para evoluir; ou o de parar de tentar por medo de errar.
E aí entra uma pergunta: qual a quantidade de erros normal para uma pessoa? Um estudo que acaba de ser divulgado pela Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, revela que o ponto ideal em que falhamos apenas o suficiente para nos manter motivados, mas sem nos deixar abater, é errar 15% das vezes. Ou, por outro lado, dar a resposta certa 85% das vezes – por isso, a descoberta foi chamada de “Regra dos 85%”.
“Se eu dou exemplos fáceis demais, você vai acertar 100% das vezes e não há nada para aprender. Se dou exemplos difíceis demais, estará correto 50% do tempo e ainda não vai estar aprendendo nada novo, enquanto que se eu der algo no meio-termo, você vai estar nesse ponto ideal em que extrai o máximo de informação de cada exemplo em particular”, disse o líder do estudo, Robert Wilson, professor de psicologia e ciência cognitiva. “Se você está assistindo aulas fáceis demais e acertando tudo o tempo todo, provavelmente não está extraindo delas o mesmo que alguém com dificuldades, mas dando um jeito de acompanhar”, afirmou. O estudo só investigou tarefas simples com respostas binárias: correto ou incorreto.
| Como ajudar uma criança a transformar erros em aprendizados
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