
Reclamada e aguardada pela população da região a aproximadamente 30 anos, a pavimentação e drenagem da Avenida do Contorno, que fica entre os bairros Interlagos I e II, ainda deve demorar para se transformar em realidade. Isso porque representantes da empresa responsável pela incorporação da área não apareceram para debater o problema em Audiência Pública realizada pela Câmara Municipal, nessa quarta-feira (04). De concreto saiu a promessa do Executivo para uma intervenção paliativa imediata.
Responsável pela condução dos trabalhos, a vereadora Gislene Inocêncio (PSD) lamentou a omissão da Construtora Brasileira de Imóveis (CBI), responsável pelo empreendimento. “Foram convidados com prazo razoável para se programaram e virem se posicionar”, disse a vereadora que solicitou a realização da Audiência.
Representante dos moradores, Aílton Carvalho de Oliveira, informou que a avenida se transformou em local de “estupro, homicídio, encontro de cadáver. Ninguém consegue transitar e virou um bota fora”. Oliveira ratificou que os moradores precisam que “o Poder Público intervenha e cobre de quem for de direito. Precisamos de um paliativo porque está intransitável. Precisamos de uma intervenção imediata para dar dignidade aos moradores”, cobrou.
Do Executivo, o coordenador do Departamento de Licenciamento de Obras (DLO), Jonas Felisberto, contextualizou que o bairro foi iniciado em 1981. Para Jonas, aconteceu uma “sequência de erros e não cabe mais levantar erros e acertos. Foram feitos acordos que não foram cumpridos”. O bairro está 80% consolidado e este ano aconteceram conversas com o empreendedor, mas sem um acordo.
O subprocurador do município, Leonardo Braga, emendou dizendo que “não é razoável e lúcido cobrar do município uma responsabilidade que não é dele. A empresa que auferiu lucro com a venda dos lotes”. Ele reforça que “não é uma solução simplista”. Por fim, o procurador sugeriu algum tipo de gestão junto ao poder judiciário para que “seja tentada uma liminar”.
O empreendedor, ainda de acordo com o procurador, não está resistente em buscar uma saída para o imbróglio. “Inclusive colocaram à disposição os lotes que ainda têm no local que no valor de mercado hoje chegariam a cerca de R$ 4 milhões o que aliviaria, e muito, a obra total que está estimada em aproximadamente R$ 6,2 milhões”, informou.
Perguntado por Milton Martins (PSC) sobre o que o município tem feito para que novos casos do tipo não aconteçam, Jonas respondeu que hoje não são liberados “mais loteamentos antes que a infraestrutura do bairro esteja pronta”. O gestor disse que há empreendedores “na fila” na tentativa de regularização de novas áreas.
Ficou acordado entre os vereadores e representantes do Executivo que uma intervenção paliativa será feita de imediato. Gislene junto com Renato Gomes (PV), Ismael Soares (PP), Milton Martins (PSC), e mais três moradores vão compor uma comissão para “dar novos passos”, definiu a vereadora.
Ficou acertada também uma visita da comissão ao local para definir, junto com o secretário Maurício Campolina, o que será feito de imediato para aliviar a situação dos moradores. Na Audiência o secretário tranquilizou os moradores dizendo ser possível alguma obra paliativa urgente. Campolina vai acompanhar a comitiva em uma visita ao local marcada para esta quinta-feira (05).

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