As chuvas volumosas dos últimos dias causam diversas preocupações para a população. Além dos desabamentos, alagamentos, enchentes e trânsito caótico, existe a apreensão com relação ao aumento da incidência de doenças nesse período. Esse é o alerta do especialista ouvido pela reportagem.
Para o diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia, Marcos Cyrillo, os perigos vão desde dengue até leptospirose. “Com o acúmulo de água e proliferação do mosquito (Aedes aegypti) podemos ter mais dengue, zika, chikungunya”, exemplifica o médico.
Além disso, o infectologista explica que o contato com a água contaminada de enchentes pode crescer os casos de infecção de pele e até leptospirose, no caso de contaminação por urina de rato. “Também aumenta o risco de infecção gastrointestinal, se houver consumo de água contaminada pela urina do rato”, acrescenta.
A SES (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais) explica quais são as principais doenças que podem aumentar nesse período e os sintomas:
De acordo com a pasta, é importante evitar o contato com a água de enchente e com a lama. “Nessas situações, a recomendação é o uso de sacos plásticos duplos nas mãos e pés, ou luvas e botas. Quando o contato da água for inevitável, a única forma de reduzir os riscos à saúde é permanecer o menor tempo possível em contato”, orienta a SES.
Para evitar as infecções gastrointestinais, o infectologista orienta sobre os cuidados com a água a ser bebida. “Precisa limpar a caixa d’água de seis em seis meses, tratar a água adequadamente e manter o encanamento adequado”, enumera. Além disso, o médico explica que é importante a devida higienização das mãos e dos alimentos.
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