O apresentador Luciano Huck resolveu se pronunciar sobre as falas do presidente Jair Bolsonaro direcionadas à jornalista Patrícia Campos Mello. Para Huck, a ofensa de cunho sexual é “triste e revoltante ao mesmo tempo”.
A postagem de Huck, dessa terça-feira (18), se refere às declarações dadas por Bolsonaro, na mesma data, na saída do Palácio da Alvorada, enquanto o presidente estava cercado por apoiadores. “Ela queria um furo. Ela queria dar um furo [pessoas dão risadas] a qualquer preço contra mim”, disse.
O apresentador repreendeu os insultos, mesmo dizendo que evita comentar declarações públicas, porque torce pelo Brasil e não quer alimentar fofocas e intrigas. “As fronteiras da decência foram ultrapassadas hoje. Atiçar a violência contra a mulher e atacar o jornalismo independente são desserviços monstruosos”, escreveu.
Luciano Huck tem sido cotado como um dos presidenciáveis nas eleições de 2022. Mesmo sem a confirmação do apresentador, seus discursos em eventos públicos e a aproximação com figuras políticas tem sido o suficiente para levantar a citada hipótese.
Para algumas pessoas, a reação de Huck à fala de Bolsonaro é mais um sinal de que o Global estaria pensando na disputa presidencial de 2022. “Luciano Huck só se revoltou agora porque foi contra a imprensa e ele sabe que vai precisar do apoio dela pra se eleger. É estratégia de campanha já”, comentou um usuário do Twitter.
Além disso, alguns internautas lembraram que o apresentador apoiou Bolsonaro na época das eleições de 2018. “As fronteiras da decência foram ultrapassadas quando ele falou que quilombolas não servem pra procriar e os comparou a animais, quando disse que não estupraria uma mulher porque ela não merecia, etc. Tudo isso ele disse antes da eleição, mas você votou nele mesmo assim. Não seja cínico”, escreveu um usuário da rede social.
Além de Huck, outras figuras públicas se pronunciaram. Entre elas, a jornalista Renata Lo Prete, que utilizou o espaço do Jornal da Globo para demonstrar sua indignação. “Isso não tem nada a ver com política. Tem a ver com a dignidade das pessoas, que nós temos que respeitar, a começar pelo presidente, que por suas palavras parece se eximir dessa obrigação tão básica”, declarou a jornalista.
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