A pandemia do Coronavírus no Brasil só está começando e a situação é muito crítica, já com 2.989 casos confirmados e 77 mortos, até as 7h40min desta sexta-feira (27). Em Minas Gerais até esta quinta-feira (26) já havia 17.409 casos suspeitos, 153 casos confirmados e 0 óbitos, sendo que Sete Lagoas até então, conta com 238 notificações, 223 casos suspeitos, 13 descartados e 2 confirmados.
Faz apenas uma semana que a Prefeitura de Sete Lagoas publicou por 11 dias o Decreto Nº 6.231 que dispõe sobre medidas de enfrentamento da pandemia provocada pelo Coronavírus (COVID-19), determinando no período de 20 a 31 de março, a suspensão do atendimento presencial ao público em estabelecimentos comerciais em funcionamento no município.
Contudo, empresários sete-lagoanos, temendo uma crise econômica sem controle, vem fazendo movimentos através da Internet, para que o comércio volte ao normal nos próximos dias. Após o polêmico pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro na noite desta terça-feira (24 de março), pedindo a reabertura do comércio, escolas e o fim do “confinamento em massa”, na manhã desta sexta-feira (27), houve uma carreata com buzinaço no Centro de Sete Lagoas.
Os manifestantes foram recebidos pelo prefeito Duílio de Castro, na porta da Prefeitura. “Mostrei a realidade da situação que é muito difícil! Temos dados técnicos da área da Saúde. A maneira mais eficaz no mundo hoje é o isolamento social, mas temos um problema maior também que é a economia que parou no Brasil, em Sete Lagoas e no mundo, trazendo um dano muito grande à população. Então gravamos um vídeo de apoio ao movimento, porque precisamos de achar uma solução, considerando que o Estado chamou a responsabilidade para si e parou tudo.”, explicou.
Na próxima segunda-feira (27), Duílio de Castro vai reunir com o Comitê de Gestão de Crise do Coronavírus e o secretariado, para decidir se afrouxa o Decreto e permite a abertura dos comércios ou se mantém os mesmos com portas fechadas, usando apenas o delivery. “Mas isso não depende do prefeito. A questão é decidida com o Comitê! Mas levaremos a preocupação dos comerciantes que é também a nossa preocupação.”, enfatizou o prefeito.
Por sua vez, as escolas deverão continuar fechadas e os idosos continuarão confinados. Em Belo Horizonte, o prefeito Alexandre Kalil não abre mão de manter o isolamento social, para evitar um colapso no sistema de atendimento da Saúde.
Já as igrejas das Paróquias da Diocese de Sete Lagoas continuam fechadas, seguindo a orientação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Celebrações estão sendo feitas em canais de TV e via Internet.
O fato é que a situação da pandemia é preocupante. Conforme publicou o Site Mega Cidade, o prefeito de Milão na Itália, Giuseppe Sala, reconheceu, nesta quinta-feira (26/3), que errou ao apoiar a campanha “Milão não para”, que lançada há exatamente um mês, estimulou os moradores da cidade a continuar as atividades econômicas e sociais, mesmo com a pandemia do novo Coronavírus. O resultado foi desastroso: Milão, a província da Itália mais atingida pela Covid-19, registrou 32.346 casos de pessoas contaminadas e 4.474 óbitos, de acordo com balanço da Defesa Civil divulgado nesta quinta-feira (26).
Diante do preocupante e desafiante prognóstico, será que o prefeito Duílio de Castro vai afrouxar o Decreto Nº 6.231 que suspende o funcionamento do comércio em Sete Lagoas?
Veja o vídeo que mostra os manifestantes sendo recebidos pelo prefeito Duílio de Castro, na porta da Prefeitura:
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