
Demitido pelo presidente Jair Bolsonaro por telefone na noite de ontem (24), o ex-diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, ficou constrangido quando lhe questionaram se concordava com a inclusão da menção “a pedido” na exoneração que seria publicada no Diário Oficial na madrugada. Segundo o UOL, o policial respondeu que essa decisão não cabia a ele.
Maurício Valeixo recebeu uma ligação da equipe de Bolsonaro. Logo depois, o presidente assumiu o telefonema. Na bate-papo, o Valeixo foi informado da demissão e questionado sobre o uso da expressão “a pedido” no decreto. A interlocutores Valeixo disse que não respondeu “nem que sim, nem que não” e que “não poderia concordar com alguma coisa”.
A saída de Maurício Valeixo foi tema de uma conversa que Bolsonaro e o então ministro tiveram na manhã de ontem. De acordo com o presidente, havia um interesse do delegado em deixar a Polícia Federal, por “cansaço”, e esse desejo foi expressado por ele numa videoconferência com os 27 superintendentes regionais da instituição.
“Desde janeiro, [Valeixo] vinha falando ao senhor Sergio Moro que iria deixar a Polícia Federal”, disse o presidente no Palácio do Planalto.
Já a versão de Valeixo e de Moro é outra. Ainda de acordo com o UOL, o policial não disse que queria sair. Um colega perguntou ao diretor da PF como estavam as pressões. Ele confidenciou que as pressões eram “constantes” e que isso causava “cansaço”.
Bolsonaro disse que comunicou a Sergio Moro na quinta pela manhã a decisão de exonerar Valeixo e que, “pelo que tudo indicava, [era] uma exoneração a pedido”. Já o ex-ministro afirma que ficou sabendo pelo Diário Oficial, inclusive com o uso não autorizado de sua assinatura eletrônica — nesta noite o Diário Oficial circulou com outra exoneração, sem a assinatura de Moro.
Durante o seu pronunciamento, Bolsonaro afirmou ainda que Moro condicionou a demissão do delegado à indicação de seu nome para o STF, o que Moro negou.
Valeixo disse aos colegas que nem sequer assinou documento pedindo demissão — argumento foi usado por Moro em entrevista coletiva. “O fato é que não existe nenhum pedido que foi feito de maneira formal”, disse o ex-ministro. “Sinceramente fui surpreendido, achei que foi ofensivo.”
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