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Política Entrevista

Pré-candidato a prefeito de Sete Lagoas pelo PT, Claudinei Dias, concede entrevista ao Site Mega Cidade

24/06/2020 às 11h56
Por: Redação
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Claudinei Dias foi escolhido pelo PT como pré-candidato a prefeito de Sete Lagoas
Claudinei Dias foi escolhido pelo PT como pré-candidato a prefeito de Sete Lagoas

No último sábado, dia 20, o Partido dos Trabalhadores (PT) de Sete Lagoas escolheu o seu pré-candidato a prefeito nas eleições municipais deste ano. É o professor e psicólogo Claudinei Dias da Silva, que tem a experiência de ter sido vereador por duas legislaturas. Ele é considerado pelos amigos como alguém tranquilo, de diálogo, mas firme nos seus objetivos. Nesta entrevista ao Mega Cidade, Claudinei Dias afirma que sua pré-candidatura é a única representativa da esquerda na cidade e que, se eleito, fará um governo democrático e popular.

Lembra que o Partido dos Trabalhadores nasceu dos movimentos sociais. Ouvir coletivos, associações, partidos de esquerda deverá ser uma prática, como aconteceu nos governos Lula através das conferências com representantes de diversas categorias profissionais. Para Claudinei, os conselhos municipais devem ser a ponte entre a sociedade e o prefeito. “Não se governa sozinho, apenas com secretárias e secretários. O diálogo permanente faz parte da minha vida. Com minha esposa, meus filhos, amigos e companheiros de luta. E assim será no meu possível governo”, garante. Sete Lagoas terá a oportunidade de conhecer um governo de esquerda, comprometido com o bem-estar de seu povo. “Uma cidade mais feliz”, completa.

Claudinei Dias tem 51 anos, é casado e tem 3 filhos, duas mulheres e um homem.

MC: Como foi a escolha de seu nome como pré-candidato a prefeito pelo PT em Sete Lagoas?

Claudinei: A escolha seguiu um processo democrático, que é prática petista desde a sua criação, há 40 anos. O Diretório Municipal, que é eleito pelos filiados para representar o partido em suas decisões, se reuniu e votou entre duas pré-candidaturas. Por 2/3 dos votantes, meu nome foi referendado.

MC: Nesta semana, a cidade foi surpreendida com a renúncia da presidente Cacau Glória e a desfiliação de algumas pessoas. Aparentemente, não aceitaram o resultado da eleição. Até que ponto isto pode prejudicar sua pré-campanha?

Claudinei: Acredito que não. Meu nome foi lançado por 39 companheiras e companheiros. Estas pessoas acreditam que meu nome representa a unidade partidária e é capaz de dialogar com todas as frentes. O partido tem agora como presidente interino o advogado Igor Altissimo, uma pessoa que dialoga com todas e todos. Portanto, este é ambiente do PT agora, o que nos dá tranquilidade para realizarmos nossa pré-campanha. 

MC: Você foi vereador por dois mandatos. Que experiência do Legislativo você traz agora para a campanha ao Executivo?

Claudinei: Muitas vivências interessantes. A principal delas é que um prefeito precisa ter o apoio de um legislativo forte, que atue no sentido de exercer uma fiscalização construtiva e de aprovar leis jutas e necessárias à garantia da cidadania de toda a população. Quando assumi a vereança, em 2005, a primeira iniciativa do meu gabinete foi criar um conselho político que andou pela cidade ouvindo moradores sobre suas necessidades. Esta é uma linha de trabalho que estará presente em meu possível governo. Leis existentes hoje são de minha autoria. A aprovação delas significou sempre muita luta na Câmara. Uma proposta que tentei, e pretendo retomar, foi a criação da política de segurança alimentar. Conseguimos criar o Consea (Conselho de Segurança Alimentar) que não funciona. Pretendo revitalizá-lo. A construção da Estação de Tratamento de Água de Sete Lagoas foi uma luta do meu gabinete. Conseguimos, junto com os servidores, interromper uma negociação que vinha sendo feita pelo então prefeito para passar o Saae para o Copasa. Enfim, tem muita coisa feita e a ser construída.

MC: Quais forças políticas, além de seu partido, apoiam sua candidatura?

Claudinei: Pensamos que esta é a hora das forças políticas de esquerda ocuparem o poder executivo na cidade. O PT ou qualquer outro partido progressista e de esquerda jamais governou Sete Lagoas. Esta é a nossa oportunidade. É neste sentido que buscaremos apoio e aliança.

MC: O que acha da atual administração municipal? O que o senhor faria de diferente se fosse o prefeito de Sete Lagoas?

Claudinei: A diferença é a própria concepção do que seja um governo realmente democrático e inclusivo. A atual administração, como praticamente todas que vi desde que nasci, eu acho, mantém o estilo obreiro, tapa-buracos. Não há investimento humano. Um exemplo é a postura do atual prefeito em relação às centenas de famílias que, sem alternativa de moradia com as dificuldades de renda impostas pela pandemia, ocupam uma área pública na Cidade de Deus. O pensamento do prefeito é o de expulsar estas familias. Não há diálogo. Onde está a política pública de habitação? Não existe. Assim como não existem outras políticas públicas para vários segmentos e nem investimento real na saúde, na educação e na cultura, por exemplo.

MC: Escolha três áreas prioritárias em uma possível gestão petista na cidade. Qual seu plano para elas?

Claudinei: Antes disso, é preciso fazer um alerta: em todos os lugares do Brasil, o prefeito que for eleito neste ano receberá o município com a economia em desaceleração. Os efeitos da pandemia do coronavírus têm sido quase devastadores em muitas cidades. Indústria e comércio estão em retração. A arrecadação de impostos, em consequência, reduziu significativamente. São muitos os prejuízos sociais e econômicos. Muita gente que havia saído da pobreza nos governos Lula e Dilma voltou ao estado anterior. Ou seja, uma saída terá que ser encontrada pelos futuros prefeitos. Entendo que a retomada dos empregos formais e informais e a proteção dos salários dos trabalhadores são as principais medidas a serem adotadas. Com certeza, essa saída será encontrada a partir do diálogo com representantes dos setores econômicos da cidade e dos trabalhadores. No meu pré-programa de governo há propostas para todas as áreas. Tentaremos executá-las, mas penso que o primeiro ano de governo será um ano de reconstrução da cidade. É preciso ser honesto e admitir estas dificuldades reais.

MC: Acha que as eleições devem ser adiadas por causa do COVID-19?

Claudinei: Sem dúvida. O Congresso Nacional já está votando este adiamento necessário, por causa do isolamento das pessoas desde que o coronavírus chegou ao país. É necessário evitar aglomerações. Acho que novembro e, talvez, início de dezembro, sejam boas datas para primeiro e segundo turnos das eleições.

 

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