O prefeito de Belo Horizonte e pré-candidato à reeleição, Alexandre Kalil (PSD), revelou nesta terça-feira (30) que não garante que terminará o hipotético próximo mandato, caso ganhe a eleição no fim deste ano. A interrupção ocorreria em uma eventual vitória na disputa ao Governo de Minas Gerais, em 2022, pleito para o qual Kalil afirma se sentir preparado.
“Não prometo. Não sei o que vai acontecer, entendeu? Então esse papo que vai surgir na eleição, eu não prometo nada. Eu não prometi nada pra esse povo. Se você se lembra, a minha campanha foi fazer a cidade funcionar. E fiz mais de R$ 2 bilhões de obras. Então, se tem um cara que não gosta de prometer, nem pro bem nem pro mal, sou eu”, diz Kalil.
O prefeito de BH afirmou ainda que se sente preparado para o cargo de governador de Minas Gerais, mas, hoje, não tem o “apetite que todo mundo acha”. “O que eu não gosto, apesar de preparado, é de governar sem o talão de cheque, sem comprar remédio, fechando hospital. Eu não gosto de andar de avião particular nem de helicóptero, eu gosto de governar com talão de cheque no bolso para ajudar os outros”, afirma.
Questionado, Kalil diz que não sabe se a situação financeira do Estado mineiro poderia estar melhor com uma gestão diferente. “Não conheço a história do Estado. Eu não queria estar na pele do governador do Estado não. Eu sentei aqui e achei a coisa mais tranquila do mundo. De repente, aconteceu tudo que aconteceu”.
“Então eu vou ser muito franco: fazer é bom, eu gosto. Já mostrei que sei fazer, no Atlético e na prefeitura, então vamos por isso muito claro. Agora, ser governador pra não fazer, eu não quero. Eu prefiro ser um prefeito durante dois mandatos e sair com reconhecimento da população que eu fui um bom prefeito, nada mais do que isso”, complementa.
Sobre quem vai escolher para compor a chapa como vice, Kalil desconversa, apesar de reconhecer a importância do nome caso ele saia no meio do mandato. “Estou pensando, ainda não tenho nada definido. Tem muita gente boa aqui”, diz.
O prefeito da capital mineira também garante não ter preferência quanto à discussão sobre o adiamento ou não das eleições previstas para outubro – projeto que tramita no Congresso determina o adiamento para novembro. “Ela [a realização das eleições] deve ser tratada com virologistas e médicos e não com toma lá dá cá de Congresso”, afirma.
Provocado a dar uma nota ao trabalho feito no combate à Covid-19, Kalil diz que a avaliação ocorrerá ao fim da pandemia e nas eleições. “Não tem nota para o prefeito, tem nota para prefeitura. Acho que fizemos um esforço muito grande, quando acabar vamos ver que nota vamos dar para a atuação da prefeitura. Agora não aconteceu nada para receber nota”, afirma.
“Nota, de 0 a 10, passou de ano, vai ser na eleição. Vou resumir: temos eleição chegando. O prefeito vai ser reeleito ou não, gritar aqui na porta não me assusta, buzinaço não me assusta. Voto é muito importante. Estou muito velho para colocar morte, caixão nas minhas costas. Não vou colocar. Não vou colocar morte por irresponsabilidade, por pressão nas minhas costas”, conclui.
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