Um casal de 39 anos foi preso suspeito de estuprar uma menina, de 9, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. A vítima é filha da mulher e enteada do homem. Os abusos foram denunciados por meio de um áudio no WhatsApp e ocorreram ao longo de quatro anos.
De acordo com a delegada Melina Clemente, responsável pela investigação, ao contar os abusos para a avó, a garota pediu que ela não sentisse nojo dela. A familiar procurou o pai da vítima e a Polícia Civil foi acionada.
A criança morava na casa do pai, mas passava temporadas com a mãe e o companheiro dela. Os abusos teriam ocorrido nessas ocasiões. A vítima aponta que as violações aconteciam quando eles se preparavam para dormir.
Além dos abusos diretos, a polícia apurou que o casal mantinha relações sexuais na presença da menina.
“A vítima também tinha medo de algo acontecer com a irmã de 2 anos, filha do casal preso, enquanto ela não estava lá, pois a mãe e o padrasto também chamavam a irmã mais nova para participar das relações sexuais, o que era impedido pela vítima”, detalhou a delegada.
A vítima passou por avaliação psicológica, que confirmou a existência de indícios de danos psicológicos em razão dos abusos. Em exame físico realizado no IML (Instituto Médico-Legal), também foi constatado que ela foi violentada.
A prisão preventiva dos suspeitos foi decretada e na casa deles apreendidos aparelhos eletrônicos e vários vídeos pornográficos. A polícia encontrou fotos da criança de 2 anos tomando banho.
Materiais apreendidos na casa dos suspeitos (PCMG/Divulgação)
A mãe da vítima foi ouvida com o apoio de um intérprete da ASC (Associação de Surdos de Contagem) e negou o ocorrido. Ela tentou, inclusive, imputar abusos a parentes do pai da criança, que também tem deficiência auditiva. Já o padrasto, confessou o crime e detalhou todos os acontecimentos.
O homem foi preso na casa dele, no bairro Jardim Vera Cruz, em Contagem. Já a mulher, no local de trabalho, no bairro Buritis, em Belo Horizonte.
Nenhum dos dois possuía antecedentes criminais. Ambos responderão pelos crimes de estupro de vulnerável e prática de relação sexual na presença de criança e adolescente.
Com PCMG
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