O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, elogiou as ações tomadas pelo prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), durante a pandemia do novo coronavírus. Já o governo federal foi criticado pelo ex-titular da pasta, pelo fato de não orientar a população e pelo ministério estar ocupado por militares.
“O prefeito de Belo Horizonte está pautando a necessidade da sociedade ajudar. Torço muito por Minas. Mandei muitos recursos, através da bancada federal de Minas Gerais. Tenho muitos amigos no Estado e desejo que Minas possa diminuir, ao máximo, os números de mortes”, disse em entrevista ao podcast Abrindo o Jogo, da jornalista Edilene Lopes.
A capital continua somente com os comércios considerados essenciais autorizados a funcionarem. A medida visa evitar a circulação do vírus pela cidade e, consequentemente, diminuir o número de infectados e a ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e enfermaria. BH tem 12.231 diagnósticos positivos e 297 mortes, até essa quarta-feira (15).
Mandetta fez um pedido à população para que todos sigam as recomendações sanitárias. O ex-ministro pediu para as pessoas não duvidarem da doença e a comparou com uma “roleta russa”, já que os sintomas podem se manifestar de diferentes maneiras.
“Aqueles que puderem ajudar, fiquem casa. Não cometa o equívoco de arriscar. Esta doença é quase uma roleta russa. Você não sabe que vai sair bem e quem vai sair mal. Tem pessoas jovens que complicam e evoluem [para óbito]”, afirmou destacando a necessidade do isolamento social.
A forma como o governo federal, liderado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), tem conduzido a pandemia não recebeu elogios de Mandetta, que deixou a pasta em abril. “Estou vendo uma ocupação militar no ministério da Saúde quase que ausente das informações e orientações que a população precisa”, disse.
“Vejo a ausência total do governo federal. Acho que está atrasado [nas medidas para combater a pandemia] e não sei qual caminho eles estão tomando”, completou.
O Brasil, segundo o ministério da Saúde, tem 1.966.748 casos confirmados do novo coronavírus e 75.366 mortes.
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