
O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) admitiu, pela primeira vez desde o início das investigações sobre a suspeita de rachadinha em seu gabinete, que Fabrício Queiroz pagou suas contas em banco. Porém, afirmou que isso teria sido feito com dinheiro dele, e não do ex-assessor. Ele referendou a versão de Queiroz de que o ex-policial militar recebia parte dos salários dos funcionários de seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) para contratar outros funcionários. As declarações foram feitas ao jornal “O Globo”. Na mesma entrevista ele criticou a Lava Jato e exaltou o procurador geral da República, Augusto Aras.
“Pode ser que, porventura, eu tenha mandado, sim, o Queiroz pagar uma conta minha. Eu pego dinheiro meu, dou para ele, ele vai ao banco e paga para mim. Querer vincular isso a alguma espécie de esquema que eu tenha com o Queiroz é como criminalizar qualquer secretário que vá pagar a conta de um patrão no banco. Não posso mandar ninguém pagar uma conta para mim no banco?”, questionou Flávio.
Ao ser indagado se a quantia de mais de R$ 100 mil repassada ao ex-assessor para pagar planos de saúde da família não seria muito dinheiro vivo, ele enfatizou que, dividido em 12 anos, o valor não seria grande.
“Se você pegar esse dinheiro, R$ 120 mil, e diluir em 12 anos, vai dar R$ 1.000 por mês. Isso é muito? Não é muito. Qualquer plano familiar baratinho é mais do que isso. Não tem ilegalidade. A origem dos recursos é toda lícita. Tenho uma vida simples para caramba. Não esbanjo nada. Meu modo de vida passa longe de uma pessoa rica”, completou.
Na entrevista, Flávio Bolsonaro também foi questionado sobre o fato de tantos assessores de seu gabinete na Alerj terem repassado recursos para Queiroz. Ele afirmou que foi “relaxado” ao não olhar de perto as atribuições de Queiroz.
“Ele fez um posicionamento junto ao MP esclarecendo essas questões. Disse que as pessoas que faziam os depósitos na conta dele eram da chamada ‘equipe de rua’. Queiroz afirma que pegava o dinheiro para fazer a subcontratação de outras pessoas para trabalharem em redutos onde ele tinha força. Sempre fui bem votado nesses locais. Talvez tenha sido um pouco relaxado de não olhar isso mais de perto, deixei muito a cargo dele. Mas é óbvio que, se soubesse que ele fazia isso, jamais concordaria”, destacou.
Flávio Bolsonaro ainda afirmou que não sabia que Queiroz estava escondido em uma propriedade do advogado Frederick Wassef, que defendia a família.
“Óbvio que não sabíamos. Por precaução, nunca mais falei com o Queiroz, nem por telefone, para não insinuarem que eu estava combinando alguma coisa com ele. O Fred (Wassef) teve quatro cânceres, né? O Queiroz estava tratando de um câncer também. Se ele (Wassef) se sensibilizou e deixou o imóvel para ele (Queiroz) usar, não tem crime nenhum nisso, nada de errado. Agora, é óbvio que isso não podia ter acontecido nunca. Foi um erro. Se (Wassef) tivesse comentado comigo, diria que ele estava sendo imprudente”, resumiu Flávio, que também afirmou não saber de onde vieram cerca de R$ 120 mil, em dinheiro vivo, utilizado para pagar a estadia de Queiroz no hospital Albert Einstein.
“Pagar cerca de R$ 100 mil em ‘cash’, obviamente, não é algo normal, né... A origem do dinheiro, eu não sei qual é. Ele é um cara que tinha os rolos dele, mas, obviamente, não fui eu que internei ele lá e não fui eu que paguei a despesa. Não sei de onde veio esse dinheiro”, concluiu ao jornal “O Globo”.

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