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Geral Queima de arquivo

Irmãos acusados de matar advogado por queima de arquivo e desovar corpo em Sete Lagoas vão a júri em MG

Corpo de Juliano César Gomes foi encontrado em estrada que liga Sete Lagoas a Funilândia em junho de 2020. Segundo denúncia, mandante do crime era amigo da vítima.

29/07/2021 às 12h15
Por: Redação Fonte: g1
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Dois dos quatro acusados de envolvimento na morte do advogado Juliano César Gomes, de 37 anos, serão julgados nesta quinta-feira (29), em Sete Lagoas. Segundo a denúncia, a vítima foi assassinada por queima de arquivo.

Desta vez, será realizado o júri popular de Jean Fagundes Néris e Júnio Marcos Fagundes Néris. Os irmãos são apontados como executores do crime.

O advogado foi assassinado no ano passado. Ele desapareceu em 21 de maio, e o corpo só foi encontrado no dia 8 de junho em uma estrada que liga Funilândia a Sete Lagoas.

De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), os irmãos Néris agiram a mando do advogado Thiago Fonseca de Carvalho, que era amigo da vítima e teria planejado o assassinato. Ele está preso em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, segundo a defesa.

O julgamento, presidido pela juíza Elise Silveira dos Santos, começou com o sorteio dos jurados. Quatro mulheres e três homens formam o conselho de sentença.

O irmão da vítima acompanha a sessão, com a esperança de que seja dada uma resposta ao crime.

“A família espera por justiça, que seja feita justiça. É o mínimo que a gente pode esperar diante de uma situação, de um caos, que não é nada fácil você viver o que eu vivi, o que minha família viveu”, disse.

Durante o período em que Juliano ficou desaparecido, a família viveu momentos de angústia. Mauro conta que procurou o irmão por mais dez dias na região de Sete Lagoas.

“Passei em lugares horríveis, pastos, pontes, rios, riachos, tudo que você possa imaginar. Qualquer lugar que eu visse aberto, qualquer cerca que a gente via um pouquinho tombada, a gente entrava para ver se encontrava. E eu pedindo a Deus aquele tempo inteiro para que não me deixasse encontrá-lo sem vida. E Deus não permitiu que a gente encontrasse, muito embora a gente tivesse passado do lado do corpo dele várias vezes. Então, acho que Deus amenizou essa situação de sofrimento ainda maior”, falou.

Julgamento de acusados de envolvimento na morte do advogado Juliano César Gomes é presidido pela juíza Elise Silveira dos Santos — Foto: Raquel Freitas/ TV Globo

A expectativa do advogado da família de Juliano, Eugênio Barroso, é que os réus sejam condenados nesta quinta. “Eles confessaram o crime na delegacia, inclusive acompanhados de advogado, indicaram o corpo e há provas no processo de que eles foram executores”, disse.

 

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