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Precarização do trabalho: 2 a cada 5 trabalhadores ganham até um salário mínimo

Percentual de trabalhadores que recebem até R$ 1.212 é 38,2%, mas sobe para 61,7% entre os trabalhadores informais

07/06/2022 às 10h19
Por: Redação Fonte: Mega Cidade com O Tempo
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O salário mínimo é o piso que deve ser pago às empregadas domésticas, aos motoboys, trabalhadores rurais, garçons e a outras categorias profissionais, nos Estados que não possuem salário mínimo regional — Foto: Reprodução / Agência Brasil
O salário mínimo é o piso que deve ser pago às empregadas domésticas, aos motoboys, trabalhadores rurais, garçons e a outras categorias profissionais, nos Estados que não possuem salário mínimo regional — Foto: Reprodução / Agência Brasil

Quase dois a cada cinco trabalhadores brasileiros ganham até um salário mínimo. São 36,4 milhões de trabalhadores que recebem mensalmente R$ 1.212 ou menos. O baixo salário é realidade de profissionais formais e informais no país, mas quem está na informalidade tende a ter uma remuneração pior: no geral, 38,2% da força de trabalho do país ganha até um salário mínimo, percentual que cresce para 61,7% considerando somente quem está na informalidade.  

O índice de trabalhadores que ganham até um salário mínimo vinha em queda pelo menos desde 2016, mas iniciou um aumento no primeiro trimestre de 2020, no início da pandemia de Covid-19, e alcançou um recorde para o período no primeiro trimestre de 2022. O aumento acompanha outro fenômeno do mercado de trabalho nos últimos anos: a escalada do trabalho informal, avalia o economista e analista da Tendência Consultoria Lucas Assis, responsável pelo levantamento. 

“Entre o primeiro trimestre de 2016 e o primeiro trimestre de 2022, houve a geração de 4,6 milhões de vagas no país, das quais 76% eram informais e 24%, formais. Todavia, essa geração de 4,6 milhões de vagas deu-se pela criação de sete milhões de vagas com rendimento mensal de até um salário mínimo e destruição de 2,4 milhões com rendimento superior a um salário-mínimo”, detalha. 

Ele também destaca que algumas populações, também vulnerabilizadas em outras frentes, tendem a receber menos do que as demais. A informalidade é mais acentuada nas regiões Norte e Nordeste, entre a população preta ou parda e com menos instrução.  

 

Porcentagem de trabalhadores que recebem até um salário mínimo*

 

2016: 32,4% 

2017: 31,4%

2018: 30,4%

2019: 29,7%

2020: 33,4%

2021: 35,3%

2022: 38,2%

*Dados do primeiro trimestre de cada ano 

 

Cesta básica consome 61% do salário mínimo no Brasil

Hoje, uma cesta básica consome 61% do salário mínimo líquido — após o desconto de 7,5% da Previdência Social —, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).  Considerando o valor da cesta básica mais cara do país, no Estado de São Paulo, uma família de quatro pessoas precisaria receber R$ 6.754,33 mensais para se manter. Mas, com o piso atual, mesmo se as quatro pessoas recebessem um salário mínimo não alcançariam esse valor.  

O governo federal projeta elevação do salário mínimo para R$ 1.310,17 em 2023, o que ainda precisa ser aprovado. Mas o acréscimo de 6,7% não representa aumento real, já que está abaixo da inflação. Se confirmado, o reajuste será o quarto seguido sem ganho real. 

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