Depois de afirmar diante do presidente americano Joe Biden que havia chegado ao poder pela via democrática e assim sairia dele e de indicar, na visão do governo dos Estados Unidos, respeito pelo sistema eleitoral atual e seus resultados, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro voltou a citar suspeitas de fraude e a atacar o trabalho do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e os ministros do Supremo Tribunal Federal que compõem o órgão.
Bolsonaro chamou o ministro Luís Roberto Barroso de "mau caráter", questionou se Alexandre de Moraes seria um "psicopata" e afirmou que Edson Fachin convidou observadores eleitorais "para dar ares de legalidade" a um processo eleitoral no qual Bolsonaro diz não confiar. Na última sexta (10/6) como queria Bolsonaro, o Ministério da Defesa mandou novo ofício ao TSE em que pede para que o tribunal facilite o acesso processo de auditoria das urnas tanto para militares quanto para partidos políticos.
Questionado pela BBC News Brasil se, após a divulgação do resultados das eleições no Brasil, o país poderia viver uma situação de violência análoga à invasão do Capitólio nos EUA, em janeiro de 2021, Bolsonaro disse: "eu não sei o que vai acontecer, de minha parte teremos eleições limpas, com toda certeza nós vamos tomar providências, a própria Defesa que foi convidada, antes das eleições".
O presidente então citou uma declaração recente de Ciro Gomes, candidato presidencial do PDT: "O Ciro Gomes, terceiro lugar nas pesquisas, acabou de dizer que 'se Lula ganhar, o Brasil amanhece em guerra'. A população brasileira, a maioria esmagadora, está comigo."
O presidente voltou a repetir afirmações já desmentidas pelo TSE sobre fraude eleitoral em 2014, quando a petista Dilma Rousseff foi reeleita. Sugeriu que a anulação dos processos judiciais contra Lula seriam orquestrados pela Justiça para que o petista volte ao Planalto em 2023.
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