
Na quinta-feira passada (10), Edneia dos Santos chegou a uma farmácia, no bairro Novo Eldorado, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, com uma receita de medicamentos para o pai. Para sua surpresa, a atendente passou a rir e zombar dela.
O motivo, segundo ela, era o custo do remédio. “Quando você souber o preço, vai desistir”, teria informado a funcionária da drogaria quando Edneia perguntou o porquê do gracejo. “Eu falei que não estava preocupada com o preço e, sim, com a saúde do meu pai", lembra.
Edneia conta que a balconista insistiu para ela levar o medicamento genérico, que custava R$ 4, em vez da opção de referência, de R$ 42. "Eu perguntei se ela trata todas as pessoas assim e disse que ela não deveria fazer acepção de pessoas."
Para a cliente, o tratamento discriminatório ocorreu por ela ser negra. "Eu fiquei muito chateada, saí da farmácia com uma sensação de impotência e tristeza. Sempre trabalhei na área comercial e sei que a gente não pode fazer isso: é o cliente quem diz quanto está disposto a pagar”, relata.
“Ela não falou nada da minha cor, mas disse tudo o que queria pelo olhar. Já me calei muito, não vou me calar mais." A vítima registrou um boletim de ocorrência no sábado (12). Segundo Edneia, depois do ocorrido, o proprietário da farmácia ligou para pedir desculpas.

Fogo Urgente: incêndio em escola de Jequitibá evacua 90 crianças e deixa duas funcionárias com queimaduras de 1º grau
Educação no trânsito Segurança em primeiro lugar: Prefeitura orienta motoristas em Pit Stop Educativo
Arte urbana Sete Lagoas aprova lei que valoriza o grafite e combate a pichação em espaços públicos Mín. 18° Máx. 32°
