Planejamento meticuloso ao longo de dois anos, indumentária de quem estava trajado para a guerra e a execução fria são alguns dos detalhes analisados pelas autoridades capixabas para traçar a personalidade do adolescente de 16 anos responsável por um dos atentados mais sangrentos cometidos no país por atiradores contra escolas.
Na tragédia, quatro pessoas morreram e 12 ficaram feridas durante os ataques em duas escolas no município de #Aracruz (ES). A pedido da coluna Na Mira, a psiquiatra forense e atualmente perita do juízo no TJDFT, Conceição Krause, elaborou uma análise psicológica do atirador com base no que se sabe até o momento.
As informações davam conta de que os homicídios foram praticados mediante uso de armas e com auxílio do carro pertencente ao pai do autor. Em seguida, o atirador se retirou das cenas dos crimes. “Ele usa uma roupa camuflada, duas suásticas presas à roupa e uma máscara com uma caveira, escondendo seu rosto e calçando coturno. Isso mostra que ele queria sair vivo da situação, não ser reconhecido, assim podendo escapar de uma punição, o que significa que ama a vida em liberdade”, observou.
Segundo a psicanalista, dificilmente, na vida privada, ele seria conhecido como uma pessoa capaz de cometer uma barbárie, porque é parecido com aqueles que estão à sua volta. “Os atos complexos para o cometimento dos crimes mostram a existência de congruência entre os preparativos, a execução, o disfarce, a ocultação e a fuga. Portanto, as funções psíquicas se encontravam íntegras. Daí porque, no momento dos atos, não pode ser considerado um doente mental”, analisou Krause.
A psicanalista lembrou que o adolescente começou a planejar o ataque quando tinha apenas 14 anos.
Fonte: Metrópoles.
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