Não é de hoje que o tratamento de esgoto da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) em Curvelo vem sendo debatido. Após tantas denúncias e reivindicações, foi aberta uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal de Curvelo para apurar o que de fato está acontecendo.
Através de uma análise encomendada pela Câmara Municipal, feita pelo laboratório Terra e Água, de Patos de Minas-MG e divulgada na última quinta-feira (29), foi constatado que o tratamento feito pela companhia é eficiente e se encontra em conformidade com as normas estabelecidas na lei. No entanto existe uma falha grave com relação a vazão da água, que chegou a ser admitida pela própria companhia.
Segundo dados da Copasa, a estação de tratamento (ETE) teria sido projetada para que, no último estagio do tratamento, o esgoto fosse diluído nas águas do Córrego Santo Antônio. Na projeção, os 80l/s de esgoto tratado seriam diluídos na vazão de 500l/s do córrego, no entanto hoje o Santo Antônio possui apenas 30l/s de vazão, um volume 17 vezes menor do utilizado para projetar a ETE.
A CPI, aberta pela Câmara Municipal da Cidade, busca apurar também outras denúncias feitas pela população com relação a empresa. Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), já foram registradas duas ocorrências a respeito de denúncias de que a ETE da Copasa não vem tratando o esgoto que recebe, em uma delas o denunciante chega a dizer que testemunhou lançamentos pontuais, durante a noite, de esgoto sem nenhum tratamento pela tubulação, o que não foi comprovado.
A Copasa garante que cumpre todos os parâmetros exigidos pela legislação ambiental, a menos de um mês a companhia assinou um termo de compromisso pela revitalização do Rio das Velhas. No entanto, moradores e ambientalistas da região desconfiam que a ETE não esteja conseguindo tratar o esgoto de forma eficiente.
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